A Força Sindical está empenhada em alterar alguns pontos na proposta de reforma da Previdência do governo, que retiram direitos dos trabalhadores, dificultando, inclusive, o acesso de homens e mulheres à aposentadoria graças ao estabelecimento de uma idade mínima de 65 anos para que ambos os gêneros possam se aposentar, somada, ainda, a um tempo mínimo de 25 anos de contribuição.
Não podemos aceitar a penalização dos trabalhadores e o sucateamento da própria Instituição. A Previdência é um patrimônio dos trabalhadores, e como tal tem de ser tratada. Mas que ninguém pense que será uma batalha fácil de ser vencida, pois enfrentaremos interesses poderosos que destoam daqueles dos trabalhadores.
Por isto a união e a capacidade de mobilização de todos, aposentados, trabalhadores, sindicatos, federações, confederações, centrais sindicais e demais setores é de vital importância neste momento. Se aprovada com o texto proposto pelo governo, a reforma previdenciária vai punir com mais tempo de trabalho e de contribuição justamente aqueles que começaram a trabalhar mais cedo. É o futuro de milhões de trabalhadores e trabalhadoras que está em jogo.
No dia 25 de janeiro trinta mil aposentados e trabalhadores aglomeraram-se na rua do Carmo, em São Paulo, pedindo mudanças na proposta de reforma do governo. Outras grandes manifestações acontecerão por todo o País neste mês, e um corpo a corpo sobre os parlamentares será realizado, em Brasília e em suas bases, para pressioná-los e sensibilizá-los para que abracem a causa dos trabalhadores.
Os trabalhadores e seus representantes querem apenas uma Previdência justa, sem privilégios e que possa cumprir o papel que lhe compete, que é o de oferecer um mínimo de dignidade e de sustento para quem, com o peso da idade e dos anos trabalhados a fio, possa desfrutar da companhia de seus familiares, seus filhos e netos, sem que o relógio precise despertá-lo para ir à labuta.
Esta luta é de todos os brasileiros, e a nossa união é a ferramenta de que dispomos para vencê-la!
João Carlos Gonçalves – Juruna
Secretário-geral da Força Sindical e vice-presidente do Sind. Metalúrgicos de São Paulo