Miguel
A Força Sindical comemora 31 anos em março de 2022. São mais de três décadas de protagonismo no movimento sindical, pautado por muitas lutas,  defesa e ampliação dos direitos dos trabalhadores (as).
Vamos voltar um pouco no tempo: nos dias 8, 9 e 10 de março de 1991, 1.793 delegados sindicais, representando 783 sindicatos e federações, mais 74 representantes internacionais, reuniram-se em Congresso no Memorial da América Latina, em São Paulo. Desde a fundação foram presidentes: Luiz Antonio de Medeiros, Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força), João Carlos Gonçalves (Juruna) e, agora, eu  que presido.
O 9º Congresso Nacional da Força Sindical, vale lembrar, aconteceu em novembro e dezembro de 2021.
A Força Sindical nasceu com o propósito de construção de uma alternativa para um Brasil mais justo, . Nasceu pluralista, suprapartidária, democrática, progressista, independente e com o projeto de ajudar a transformar o País.
Trinta anos é um importante momento na luta e as reivindicações por melhores condições de trabalho. E destas lutas lembramos muitas vitórias nestas três décadas: pagamento e correção do FGTS, conquista de aumento para os aposentados, acordo de aumento do salário mínimo Centro de Solidariedade ao Trabalhador, derrubada no Congresso da nefasta Emenda 3, valorização do servidor público, vitoriosas Marcha à Brasília, luta contra a desindustrialização, correção da tabela do imposto de renda, Dia do Trabalhador que reúne milhões de pessoas, vitoriosas campanhas salariais, entre outros.
No campo das relações internacionais, a Central sempre teve atuação forte voltada para uma política de cooperação, troca de experiências e solidariedade mútua entre as organizações – ONU, OIT, Brics, Mercosul. Hoje, somos filiados à ADS (Alternativa Democrática Sindical das Américas).
Hoje, infelizmente, estamos presenciando uma forte assimetria entre os anseios dos trabalhadores e as atitudes do atual governo. Ataques constantes aos direitos dos trabalhadores, tentativas de sufocar e calar os movimentos sociais, como forma de enfraquecer as instituições e a democracia estão na ordem do dia do atual governo federal.
Entendemos que um dos pilares da democracia é diálogo e o debate. E o movimento sindical é um instrumento de fortalecimento da democracia e das vozes a este importante setor da sociedade. Destacamos também a iniciativa das centrais sindicais, de fortalecer a luta por meio de uma atuação unitária e coesa.
Enfim, nestes 30 anos, defendemos o crescimento econômico com distribuição de renda, a valorização do trabalho, o desenvolvimento sustentável e a modernização da organização sindical. Nossa tarefa continua a constante busca de uma sociedade mais justa, com empregos, renda, moradia e educação de qualidade para todos.
Por isso, no dia 7 de abril vamos realizar a Conferência da Classe Trabalhadora. Será um importante momento de fortalecer nosso protagonismo na  sociedade, com propostas para  o desenvolvimento, investimentos em infraestrutura, geração de empregos e renda.
Força trabalhadores! Vamos em frente, companheiros!
Miguel Torres, presidente da Força Sindical