O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo/Mogi das Cruzes, Miguel Torres, diretoria e assessoria fizeram nesta segunda, 23 de janeiro, uma assembleia de protesto contra as demissões arbitrárias na Valtra, em Mogi das Cruzes. No início do mês, a empresa demitiu 54 funcionários sem justa causa; alguns estão em férias e outros cumprindo banco de horas.
“Não é a primeira vez que a Valtra demite sem negociar com o Sindicato. Os trabalhadores não são máquinas, que podem ser desligadas de uma hora pra outra. Toda demissão tem consequência e não vamos aceitar esta intransigência”, afirmou Miguel Torres, que também preside a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e é vice-presidente da Força Sindical.
Na semana passada, o Sindicato entrou com ação no Tribunal Regional do Trabalho e conseguiu uma liminar que impede a empresa de fazer novas demissões até a audiência marcada para a próxima sexta-feira, dia 27. O Sindicato está pedindo a reintegração dos demitidos e esta situação será discutida na audiência.
General Motors
Antes da Valtra, Miguel Torres e o diretor Silvio comandaram uma assembleia na GM, também em Mogi das Cruzes, de informação e de mobilização dos trabalhadores contra as reformas previdenciária e trabalhista.
“Estamos informando como as reformas pretendidas pelo governo vão prejudicar os trabalhadores e os aposentados. As medidas vão tirar direitos e benefícios de quem mais precisa, dificultar o acesso a aposentadoria e não vão garantir o futuro dos trabalhadores nem resolver as contas da Previdência”, disse Miguel Torres.
Ações de resistência
Nesta terça-feira, dia 24, o Sindicato realizará assembleias de mobilização e protesto contra as reformas previdenciária e trabalhista em cerca de 60 empresas metalúrgicas em São Paulo e Mogi das Cruzes. A ação faz parte das ações de resistência e luta aprovadas pelas centrais sindicais em defesa dos direitos.
Na quarta-feira, dia 25, o Sindicato participará do ato em defesa dos trabalhadores, dos aposentados e da Previdência, convocado pelo Sindicato Nacional dos Aposentados e Força Sindical, na Rua do Carmo (centro de São Paulo).
Na volta do recesso parlamentar, em fevereiro, as centrais sindicais unidas vão fazer um corpo a corpo no Congresso Nacional para alertar os parlamentares que não aceitaremos mexer em direitos. E vão fazer também campanha nas bases eleitorais e domiciliar dos parlamentares.