Nota das Centrais Sindicais sobre demissões e greve na PETROBRAS

 

As centrais sindicais se solidarizam com os companheiros e companheiras petroleiros, em greve desde o dia 1º de fevereiro, e vêm a público pedir sensibilidade da direção da Petrobras e do governo para a abertura de um diálogo democrático visando uma solução negociada.

A empresa demitiu 1.000 trabalhadores em Araucária, sem ao menos buscar negociação ou diálogo com as entidades de classe, e descumpriu cláusulas da convenção coletiva assinada na última data base. As centenas de demissões no Paraná são injustas, precipitadas e demonstram a falta de um projeto voltado para os interesses do País.

Importante reforçar a gravidade do fato de que no Brasil o contingente de desempregados já atinge quase 12 milhões de pessoas e, mesmo perante esta desastrosa realidade, o governo Bolsonaro não se constrange em acrescentar mais mil petroleiros a este nefasto índice.

Causou-nos perplexidade a decisão arbitrária do ministro Ives Granda, do TST, de bloquear as contas do Sindicato dos Petroleiros, uma vez que o problema foi gerado pela intransigência da empresa que não quer cumprir a convenção coletiva da categoria.

Infelizmente, a Petrobras toma mais uma decisão nefasta com a clara intenção de enfraquecer o movimento dos trabalhadores que lutam em defesa de seus empregos e direitos.

Reafirmamos nosso apoio à categoria nesta paralisação legítima que acontece pelo País e insistimos no diálogo para solução de conflitos.

São Paulo, 10 de fevereiro de 2020

Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)

Miguel Torres, presidente da Força Sindical

Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)

Adilson Araújo, presidente da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

José Calixto Ramos, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)

Antonio Neto, presidente da CSB (Central de Sindicatos do Brasil)