Por Daniela Martins | Valor
BRASÍLIA – Ministros, parlamentares, artistas e sindicalistas realizaram nesta terça-feira na Câmara dos Deputados um evento em que pediram a votação em segundo turno da proposta da PEC do trabalho escravo. O texto foi aprovado pelos deputados pela primeira vez em 2004 e passou pelo Senado em 2003.
Durante a tarde, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e outros ex-ministros da Pasta participam de audiência pública na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Trabalho Escravo, cuja composição tem maioria de parlamentares ligados à agropecuária. A sessão faz parte da pressão em favor da votação.
O ministro do Trabalho, Brizola Neto, em sua primeira aparição na Câmara depois de assumir o comando da Pasta na semana passada, disse que a aprovação da proposta é um “apelo” do ministério. A ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, também esteve na cerimônia.
Presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Força Sindical e da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e militantes das centrais participaram da entrega ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), de um abaixo-assinado com cerca de 60 mil assinaturas a favor da PEC.