Custo de Vida: Cesta básica pesquisada pelo Dieese sobe em 16 capitais


Michele Loureiro (mloureiro@brasileconomico.com.br)

Em fevereiro, a cesta básica ficou mais cara em 16, das 17 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Apenas em Goiânia houve queda, de 4,55%.

Os aumentos mais significativos ocorreram em Recife (6,84%), Salvador (6,71%), Belo Horizonte (5,26%) e João Pessoa (4,25%). Pequenas variações ocorreram em Belém (0,15%), Aracaju (0,26%), Fortaleza (0,59%) e Porto Alegre (0,81%).

Apesar do ligeiro aumento registrado em fevereiro, a cesta básica mais cara foi encontrada em Porto Alegre (R$ 238,46).

O segundo maior valor ocorreu em São Paulo (R$ 229,64), sendo seguido por Vitória (R$ 224,74), Manaus (R$ 223,90) e Rio de Janeiro (R$ 221,80). Os menores custos foram apurados em Aracaju (R$ 169,57), Fortaleza (R$ 176,89) e João Pessoa (R$ 179,28).

Alimentos

O arroz encareceu em 15 localidades, e as principais elevações ocorreram em Vitória (6,90%), Florianópolis (6,19%), João Pessoa (5,85%), Rio de Janeiro (5,81%) e Salvador (5,26%).

Também em 15 capitais foi verificada alta no açúcar, com os maiores aumentos apurados em Aracaju (17,98%), Rio de Janeiro (15,84%), Manaus (15,76%), Curitiba (14,51%) e Florianópolis (14,47%).

O leite encareceu em 12 localidades. As maiores alterações do produto foram computadas em Natal (6,25%), Vitória (5,07%), Curitiba (4,85%) e Florianópolis (4,59%).

Salários

Com base no valor da cesta observado em Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família (com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência), o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Para fevereiro, o menor salário deveria corresponder a R$ 2.003,30, que corresponde a 3,92 vezes o piso vigente (R$ 510,00).