O número de crianças e adolescentes trabalhando em Goiás cresceu entre 2000 e 2010, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento foi de 1.548 jovens no mercado goiano, atingindo 132.606 pessoas na faixa etária entre 10 e 17 anos. A maioria dos que trabalham é do sexo masculino – quase 83 mil, ante 50 mil do feminino.
A pesquisa foi publicada ontem pelo IBGE, para marcar o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, e levou em consideração dos Censos de 2000 e 2010. No Brasil, na última década, o número de pessoas com menos de 18 anos trabalhando ilegalmente diminuiu – em 2010 são 530 mil crianças a menos que em 2000. Este número representa 3,4 milhões de crianças e adolescentes trabalhando no Brasil, o que representava 3,9% do total de pessoas com 10 anos de idade ou mais ocupados no País.
As cidades concentram maior número de trabalhadores jovens: são cerca de 100 mil crianças e adolescentes trabalhadores a mais nos espaços urbanos. A grande maioria possui 16 ou 17 anos – quase 73 mil jovens em 2010 – caso em que o trabalho é autorizado, desde que não seja prejudicial à saúde, à segurança e à moralidade. Na faixa etária de 10 a 15 anos de idade, encontram-se duas situações: os jovens entre 14 e 15 anos que podem trabalhar, desde que como aprendizes, e os menores que não podem trabalhar sob nenhum tipo de regime.
Em Goiânia os números refletem a mesma situação do restante do Estado, predominando os menores do sexo masculino, entre 16 e 17 anos, trabalhando no espaço urbano. No entanto, ao contrário dos números de Goiás, a capital teve queda nos números entre 2000 e 2010.
Fonte: O Popular