Latino-americanos denunciam pouco espaço no IndustriALL

Miguel Torres (centro) lidera delegação da Força na Dinamarca 

Nasce com rachaduras o Sindicato Global IndustriALL. A nova entidade, que visa fundir Federações internacionais dos Sindicatos dos trabalhadores nas indústrias metalúrgicas, químicas e têxteis, está sendo acusada de relegar a representação latino-americana, que se retirou em sinal de protesto.

A entidade está sendo debatida nestes dias em congresso com 1.400 delegados de 150 países, em Copenhagen, Dinamarca. Calcula-se que a fusão das Federações Fitim (metalúrgica), Icem (química), FITTVC (têxtil, vestuário e couro) levará 50 milhões de trabalhadores para o IndustriALL.

A Agência Sindical falou na manhã desta terça (19) com Sérgio Leite, dirigente da Força Sindical e integrante da delegação química. “Existe possibilidade de mudança no estatuto. Mas isso está custando muita pressão e protesto. Entidades da Alemanha e Estados Unidos querem impor sua hegemonia”, ele relata.

CUT – A Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) está representada por uma delegação de sete sindicalistas, entre eles Rosilene Matos, vice-presidente; Fábio Dias, 2º vice; João Cayres, secretário-geral; Valter Sanches, relações internacionais. Também participa o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre.

Miguel – Manobra hegemonista também havia sido apontada, dias atrás, por Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical. Ele informa que a América Latina pleiteou nove cargos na IndustriALL, mas a direção concorda em ceder apenas seis. “Não podemos ficar à margem do processo. Decidimos não indicar os seis nomes. Sem acordo, sairemos da entidade e vamos fortalecer o trabalho na América Latina”, diz Miguel.

Mais informações:
Sites das Centrais brasileiras ou www.industriall-union.org