Manifestantes fazem enterro simbólico do Fator

Foto: Alexandra Martins

Miguel Torres lidera “enterro simbólico” do Fator Previdenciário

Nesta terça-feira, 3 de julho, os aposentados da Força Sindical organizaram uma ruidosa manifestação na Câmara dos Deputados, em Brasília. Centenas de manifestantes fizeram um enterro simbólico do Fator Previdenciário. “Nossa intenção é chamar mesmo a atenção da sociedade e fazer com que o Governo e o Congresso tenham como prioridade a votação do fim do Fator Previdenciário”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, CNTM e, em exercício, da Força Sindical.

Pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo também estiveram presentes o secretário-geral Arakém, a diretora financeira Elza Pereira, os diretores Campos, Tadeu Morais, Teco, Maloca, Lourival, Carlão, José Luiz, David Martins, Ceará, Luisinho, Valdir Pereira, Jefferson e Adnaldo.

Fator Previdenciário – é forma nefasta que achata o valor das aposentadorias. O projeto de Lei que está na Câmara prevê a substituição do fator por um sistema 85/95 (soma do tempo de contribuição com a idade) e não teria redução de média salarial, usada com base para o cálculo do benefício. Para mulheres, a soma seria 85, e 95 para homens.

 Diretores Campos e Tadeu Morais
Criado em 1999, o fator previdenciário leva em conta a idade do trabalhador na hora de aposentar e a expectativa de vida do beneficiário. Quanto menor for a idade no momento da aposentaria, menor será o valor benefício a ser recebido, uma vez que há a expectativa de que esta pessoa passe mais tempo recebendo recursos do INSS.

A proposta 85/95, defendida pelo movimento sindical, estabelece a concessão do benefício integral a quem, na soma da idade com o tempo de contribuição, alcançar o índice 85 (para a mulher) e 95 (para o homem).

  Diretores David, Tadeu, Valdir e Miguel Torres
A proposta prevê também que a aposentadoria seja calculada com base na média dos últimos 36 salários de contribuição, apurados em período não superior a 48 meses.

“Esta fórmula foi desenvolvida em muitas reuniões realizadas com representantes de vários setores, especialmente da Previdência Social, porque o governo exige uma alternativa para acabar com o Fator Previdenciário. Foram inúmeros debates em Sindicatos de trabalhadores, Centrais Sindicais, no Congresso Nacional e nas reuniões com o governo”, lembra Miguel Torres.

Além de Miguel Torres participaram das manifestações na Câmara o secretário-geral Arakém, a diretora financeira Elza, os diretores Campos, Tadeu Morais, Teco, Maloca, Lourival, Carlão, José Luiz, David Martins, Ceará, Luisinho, Valdir Pereira, Jefferson e Adnaldo.

Foto: Valter Campanato/ABr

Ato religioso como forma de protesto

Foto: Antonio Augusto

João Batista Inocentini, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados

Foto: Valter Campanato/ABr

Manifestante se veste de anciã na luta por justiça


Não aceitamos trocar Fator por Idade Mínima

Nota Oficial da Força Sindical e do Sindicato Nacional dos Aposentados

“A Força Sindical e o Sindicato Nacional dos Aposentados não aceitam a troca do Fator Previdenciário pela idade mínima porque consideram que, desta forma, o governo estará dando com uma mão e retirando com a outra.

Não podemos nos calar diante da insensibilidade social do governo. A idade mínima de 65 anos para homens e 60 anos para mulheres nada mais é do que uma injustiça contra os trabalhadores que ingressaram no mercado de trabalho mais cedo.

Reivindicamos o fim do Fator Previdenciário e a adoção da fórmula 85/95, que concede benefício integral a quem, na soma da idade com o tempo de contribuição, alcançar o índice 85 (para a mulher) e 95 (para o homem). Esta fórmula foi desenvolvida em muitas reuniões realizadas com representantes de vários setores, especialmente da Previdência Social, porque o governo exige uma alternativa para acabar com o Fator Previdenciário. Foram inúmeros debates em Sindicatos de trabalhadores, Centrais Sindicais, no Congresso Nacional e nas reuniões com o governo.

Insistimos em extinguir o Fator porque entendemos que é preciso acabar com o martírio a que são submetidos os trabalhadores quando vão se aposentar. Eles têm seus benefícios achatados a partir da aposentadoria. Trata-se um crime contra a classe trabalhadora. Reivindicamos tratamento digno para os trabalhadores da ativa e os aposentados. Só assim teremos um País que poderemos chamar de desenvolvido”.

Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical
João Batista Inocentini, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados