O corte no preço de energia de 16,2% para consumidores e até 28% para a indústria, confirmado nesta terça-feira pela presidente Dilma Rousseff, deve reduzir em cerca de 4% o custo fixo de produção da indústria, segundo estimativa da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
De acordo com o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, a medida estimulará investimentos e ajudará a elevar a competitividade do parque produtivo nacional.”Teremos um produto mais competitivo no mercado nacional e internacional.”
Ele defendeu o repasse do benefício ao consumidor. “Estamos mostrando para as empresas a importância de que isso seja repassado para que o produto brasileiro participe mais do mercado no consumo brasileiro.”
A redução na tarifa de energia elétrica foi possível devido à extinção de encargos na conta de luz e a um acordo do governo com empresas do setor para antecipar a renovação de concessões que vencem em breve.
Dilma disse, no evento de lançamento do pacote de redução, que a sociedade brasileira já pagou pela eletricidade e que “chegou a hora de devolver a ela esse investimento na forma de tarifas mais baixas, mais justas e mais módicas”.
Ela disse acreditar que o ganho será generalizado para consumidores, empresas e governo e que vai aumentar a fiscalização.
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) informou esperar que as medidas ajudem a destravar até R$ 50 bilhões em investimentos adiados.
Para o presidente da Associação Comercial de São Paulo, Rogério Amato, as medidas ajudam a reduzir o “custo Brasil”.
“O Brasil possui condições extremamente favoráveis para aumentar a produção de energia hidroelétrica e de fontes renováveis e não poluentes, e deve aproveitar ao máximo esse potencial para estimular a expansão e a competitividade de seu setor industrial”, afirmou Amato.