DANIELA AMORIM – Agencia Estado
A indústria parece ter engatado uma recuperação em agosto ante julho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além da taxa de crescimento ter sido maior do que a verificada nos dois meses anteriores, houve crescimento mais disseminado entre os segmentos pesquisados.
“Todas as categorias de uso e 20 das 27 atividades mostraram crescimento na produção, em direção contrária ao que se tinha observado em meses anteriores. Havia predomínio de atividades em queda”, notou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.
Em agosto ante julho, a produção de bens de capital subiu 0,3%, os bens intermediários aumentaram 2,0%, os bens de consumo duráveis tiveram expansão de 2,6%, enquanto os bens de consumo semi e não duráveis avançaram 1,2%. “Esse resultado de agosto, além de ter uma magnitude mais intensa em relação aos meses anteriores, mostra também um espalhamento do crescimento, algo que não era observado dentro do segmento indústria havia algum tempo”, acrescentou Macedo.
Segundo o IBGE, o padrão da série histórica mostra um incremento na produção industrial em agosto, setembro e outubro, para que o setor dê conta de atender as encomendas para o fim do ano. Há uma recuperação na margem da série, mas, em relação ao mesmo período do ano anterior, ainda não atingiu o patamar verificado nos mesmos meses de 2011.
“A melhora do comportamento da produção industrial se dá na margem da série. Mas ainda há espaço para ser recuperado, à medida que, no confronto com 2011, o setor industrial como um todo ainda mostra perdas importantes: uma queda de 2% no confronto com agosto de 2011 e uma queda de 3,4% no acumulado do ano”, apontou o gerente do IBGE. “Isso mostra que ainda há um espaço para ser recuperado para o setor industrial, mesmo com essa melhora mais recente”, completou.