Produção no setor industrial aumenta pela primeira vez desde março

A  produção  no  setor industrial brasileiro aumentou em setembro, segundo dados do Índice Gerente de Compras™ HSBC. Tendo em vista  a  queda  do  volume  de  novos  pedidos  e de novas encomendas para exportação,  as  empresas  reduziram  os pedidos em atraso para sustentar a produção.  Os  estoques  e  a  atividade de compras também caíram no mês. A inflação   de   insumos  e  de  produtos  persistiu.  Ao  mesmo  tempo,  as contratações se contraíram pelo sexto mês consecutivo.

Com isso, em  setembro,  depois de ajustado para variações sazonais, o Índice Gerente de  ComprasTM  HSBC  Brasil (PMITM) – uma consolidação de dados criada para fornecer,  em  um  único número uma visão geral e instantânea das condições operacionais  da  economia  do  setor industrial – ficou abaixo do nível de 50.0 pontos,  indicativo  de ausência de mudanças, indicando outra deterioração na saúde  do  setor.  O  PMI  ficou  em  49.8 pontos,  valor acima da leitura de 49.3 pontos registrada  em  agosto,  indicando apenas um declínio fracionário e a queda mais lenta na sequência atual de contração.

A   produção   aumentou  ligeiramente  em  setembro,  a  primeira  expansão registrada desde março. Os entrevistados indicaram que a produção aumentou, com  as  empresas  se  preparando para o lançamento de novos produtos. Além disso,  as empresas usaram a redução dos pedidos em atraso para sustentar o crescimento da produção.

O  volume  de  novos  pedidos caiu ligeiramente, indicando uma sequência de seis  meses de contrações. As evidências sugeriram que a demanda mais fraca levou  a uma queda nos volumes de pedidos. Os novos pedidos para exportação também caíram, e por um ritmo modesto.

Os  estoques  de  pré-produção  das  empresas do setor industrial do Brasil caíram  em  setembro.  No  entanto,  a taxa de redução foi modesta apenas e ficou basicamente inalterada em relação à registrada em agosto. Os estoques de  bens finais também diminuíram, assinalando uma sequência de treze meses de recuo. No entanto, o ritmo de contração foi fracionário apenas.

Os  preços  de  insumos  no  setor  industrial  brasileiro  aumentaram pelo trigésimo  sétimo  mês consecutivo. O ritmo de inflação foi sólido e o mais rápido  desde  junho  de  2011.  As  evidências sugeriram que os custos dos insumos  aumentaram  em  sintonia  com os preços mais elevados do aço e das matérias-primas.  Além  disso,  as  empresas declararam que os preços foram ajustados para refletir a inflação de um modo geral.

Os  fabricantes repassaram aos seus clientes a carga mais elevada de custos de  compra,  já  que  os preços aumentaram novamente em setembro. A taxa de inflação de preços de produtos foi sólida, mas ficou basicamente inalterada em relação à registrada em agosto. Os preços aumentaram em todos os últimos sete meses.

O  número  de  empregados  diminuiu  em  setembro, em meio a relatos de uma demanda  mais fraca. Porém, o ritmo de perdas de emprego foi apenas modesto e o mais lento desde maio. Por sua vez, os pedidos em atrasos se contraíram modestamente. Porém, a taxa de redução se acelerou em relação a agosto.

A  atividade de compra se contraiu moderadamente, e por uma taxa semelhante  à  de  agosto.  Paralelamente,  os prazos médios de entrega deterioraram-se pelo nono mês consecutivo. Segundo os entrevistados, as condições precárias das estradas afetaram o desempenho dos fornecedores.

(Redação – Agência IN)