“Lembrar do Golpe de 1964 é mexer numa ferida que ainda não está cicatrizada e continua muito dolorida na sociedade brasileira.
As torturas, perseguições, assassinatos, desaparecimentos e o sistema autoritário ainda seguem na memória de todos. É importante rememorar para que não aconteça mais. Nunca mais!
Não podemos também nos calar e fingir esquecimento sobre as perseguições no movimento sindical. O Golpe derrubou além dos governos constituídos democraticamente, perseguiu entidades sindicais, organizações civis e acabou com a imprensa livre.
Vale ressaltar que no dia 31 de março de 1964 foram invadidos de forma truculenta mais 400 entidades sindicais e, ao longo da ditadura, outras centenas sofreram intervenção e suas direções destituídas. Milhares de dirigentes torturados, mortos, desaparecidos, outros tantos exilados.
A grande lição que fica da história é que os trabalhadores não podem perder sua capacidade de luta e mobilização. A organização do movimento sindical é a conscientização das bases, junto com a solidariedade, o trabalho coletivo e democrático em prol de todos.
É uma data de reflexão, fortalecer a luta, por um Brasil mais justo, com desenvolvimento econômico sustentável, democracia forte, emprego e renda.
Golpe de 1964: Para que nunca mais aconteça, para que nunca mais se repita! Viva o Brasil! Viva a Liberdade! Viva a Democracia!”.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes