Durante audiência de conciliação e instrução no dissídio coletivo, realizada na tarde do dia 05/11, no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE), não houve acordo com o patronato e a greve dos trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima pelo cumprimento da cláusula que prevê a equiparação salarial continua. Com isso, os trabalhadores continuarão de braços cruzados pelo menos até segunda-feira (12), quando o Sintepav-PE realizará assembleia para definir os rumos do movimento, iniciado na semana passada.
O TRT agendou uma nova audiência para a próxima sexta-feira (09/11), às 11h. A presidente em exercício do Tribunal, desembargadora Eneida Melo, apelou às partes para que até lá seja construída uma solução para o conflito. O presidente do Sintepav-PE, Aldo Amaral, disse que o sindicato reivindica o cumprimento do acordo firmado após a data-base, em agosto. “Este foi um dos pontos principais da negociação com os trabalhadores durante a greve de agosto. As empresas têm que se adequar e cumprir o que foi acordado”, afirmou.
O Sindicado Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), por seu advogado, solicitou ao Tribunal que não acatasse o pedido do Sintepav-PE para que também fossem discutidas questões econômicas e a abusividade da greve. Mas a desembargadora Eneida Melo aceitou a solicitação e determinou um prazo de três dias para o sindicato patronal apresentar defesa.
Iniciado no dia 30 de outubro, o movimento conta com a participação de 54 mil trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica Suape, que reivindicam equiparação salarial.
Com informações do TRT.