Agência Brasil
Sindicalistas de todo o País estão em vigília esta semana em Brasília pressionando pela votação do fim do fator previdenciário. Nesta quarta-feira, 21 de novembro, a mobilização será às 15h no Salão Verde da Câmara dos Deputados, pois o projeto que extingue o mecanismo deve ser votado ainda hoje pelos deputados.
“Este é o momento de mobilizarmos toda a sociedade para acabar com esse verdadeiro assalto que o governo faz contra os trabalhadores”, afirmou Paulinho da Força, deputado pelo PDT e presidente da Força Sindical. “É um absurdo que quem trabalhou a vida inteira não tenha o direito a uma aposentadoria digna”, completou.
O fator previdenciário foi criado em 1998, durante o governo Fernando Henrique Cardoso e, na prática, diminui em até 40% os valores das aposentadorias dos trabalhadores. Isso significa nada menos que R$ 9 bilhões retirados todos os anos do bolso dos trabalhadores. O fim do fator chegou a ser aprovado pelo Congresso em 2010, mas o então presidente Lula vetou o projeto, mantendo o fator.
A proposta que deve ser votada nesta quarta permitirá que o trabalhador opte por aposentar pela fórmula 85/95, que corresponde à soma entre idade e tempo de contribuição, para mulheres e homens, respectivamente. Desta forma, uma mulher que completasse 52 anos e tivesse começado a trabalhar com 18, contribuindo sem intervalos, teria direito à aposentadoria integral. O projeto também prevê que caso o trabalhador contribua mais que o tempo necessário, terá direito a uma aposentadoria até maior que o salário da ativa.
Para Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, da CNTM e vice-presidente da Força Sindical, é fundamental esta mobilização no Congresso Nacional por uma alternativa negociada que acabe com o nocivo efeito do fator previdenciário sobre as aposentadorias. “Os nossos líderes metalúrgicos estão em Brasília fortalecendo a Força Sindical e as demais centrais nesta manifestação de extrema importância para a sociedade brasileira. Vamos acabar com essa injustiça. Chega de arrocho nas aposentadorias!”.