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O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes vai completar 80 anos de Lutas e Conquistas no dia 27 de dezembro de 2012.
As comemorações da data têm início com um evento nesta sexta-feira, 30 de novembro, às 18h, no Palácio do Trabalhador, na Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade.
O presidente da Câmara Federal Marco Maia e o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, participarão do evento comemorativo.
Na ocasião, os presentes poderão conferir uma exposição de fotos históricas de lutas do Sindicato e curtir um show musical com o cantor Eduardo Costa.
A celebração dará início às comemorações do aniversário de 80 Anos. A data continuará sendo festejada durante 2013 com atividades esportivas, culturais e de lazer, palestras, debates e publicações.
“É uma data em que vamos homenagear os companheiros e companheiras do passado, que lutaram para que os trabalhadores do presente tivessem garantidos direitos sagrados como jornada regulamentada; férias remuneradas, 13º salário, ambientes de trabalho mais seguros e humanos, PLR, principalmente, liberdade democrática e reconhecimento como classe e tantas outras conquistas”, afirma o presidente do Sindicato, Miguel Torres.
História
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes foi fundado em 27 de dezembro de 1932. Naquele dia, no número 10 da rua Venâncio Aires, na Lapa, cerca de 100 trabalhadores do grupo da Água Branca (da Metalúrgica Matarazzo) e do grupo do Brás (principalmente da Fundição Diez) se reuniram em assembleia para aprovar o estatuto da nova entidade, que seria registrado no Ministério do Trabalho.
O Sindicato, porém, só passaria a ser legalizado em maio de 1933, já com o apoio de metalúrgicos de fábricas que hoje não existem mais como, Fundição Pecoraro, Cofres Bernardini, Manoel Cheneco, Fábrica de Armas Assunção, AS Ciclope e Fábrica de Cofres Irmãos Corrêa.
Os primeiros meses de vida do Sindicato foram bastante duros. Os empregadores demitiam líderes trabalhistas e os metalúrgicos não se filiavam à entidade com medo de represálias políticas e policiais.
Foi um período em que os que lutavam pelo Sindicato trabalhavam de graça, levavam boletins de madrugada às portas das fábricas, convidavam os operários para as assembleias, debatiam os problemas, defendiam os companheiros demitidos e ainda enfrentavam a polícia.
Este Sindicato viveu o período da industrialização, das guerras mundiais, de ditaduras e intervenções, de repressão policial e patronal, lutou pela redemocratização do Brasil, fez greves históricas por direitos hoje garantidos a todos os trabalhadores brasileiros.
Muitas foram as tentativas de calar a voz dos trabalhadores. Muitos companheiros tombaram no caminho, mas outros surgiram e continuaram a luta.
Ao celebrar 80 anos, o Sindicato saúda todos os companheiras e companheiros que lutaram para fundar este que é um dos maiores sindicatos de trabalhadores da América Latina, que dedicaram suas vidas para que os trabalhadores e trabalhadoras pudessem ter garantidos direitos sagrados como jornada de trabalho regulamentada, férias remuneradas, liberdade para negociar salários, condições de trabalho mais seguras e humanas, direito de organização, reconhecimento como classe e tantos outros benefícios: vale-transporte, alimentação, PLR, cesta básica e outros.
A luta continua, pois a nossa organização é imprescindível para derrotar as ameaças contra os direitos e avançar nas conquistas. Cada trabalhador(a) metalúrgico é convidado a integrar-se à luta e continuar construindo a história.
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