Lutas e conquistas de redução da jornada de trabalho, sem redução salarial, avançam na base metalúrgica de São Paulo e Mogi das Cruzes

 

Nesta nova campanha, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes já conquistou a redução nas seguintes empresas:

Lifs Usinagem – Donizeti
Luiz Carrara – José Luiz (tesoureiro do Sindicato)
Equacional – Rubens
CRG MAGNÉTICOS – Nivaldo
SOLETEC – Nivaldo
Toshiro – Yara
Tavares – José Luiz (tesoureiro do Sindicato)
La Paz – Lourival
La Paz Messias

 

Com muita mobilização nas fábricas e negociações com os patrões, o nosso Sindicato tem conquistado a redução da jornada de trabalho, sem redução salarial, para a categoria metalúrgica de São Paulo, Mogi das Cruzes e região.

Jornadas reduzidas significam mais tempo para o lazer, os estudos, os cuidados com a família, o exercício da cidadania e a preservação da saúde mental. Os riscos de acidentes e doenças profissionais serão menores. O dia a dia nas fábricas será menos estressante e mais produtivo. O deslocamento e a mobilidade urbana vão melhorar. E novos postos de trabalho poderão ser criados (3 milhões segundo o Dieese).

História – Desde o século 19, a luta pela redução da jornada de trabalho é uma pauta central da classe trabalhadora. Jornadas de 12, 14 ou até 16 horas diárias eram comuns. No Brasil, esta luta também tem longa trajetória: 1907 (primeira greve com a pauta da redução da jornada); 1917 – Bahia (primeira lei estadual que institui a jornada de 8 horas diárias); 1934 (a Constituição Federal limita a jornada a 8 horas diárias); 1943 – Consolidação das Leis do Trabalho (a CLT confirma a jornada de 8h por dia e 48h por semana); 1985 – Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (nosso Sindicato conquista para a categoria a redução de 48 para 44h semanais); 1988 (a nova Constituição Federal reduz a jornada semanal para 44h para todas as categorias).

“Já se passaram 37 anos e, neste período, nunca deixamos de realizar atos por uma jornada menor, que hoje pode ser de 40 horas  semanais ou até menos”, diz o presidente Miguel Torres (Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes).

De 1988 para cá o número de trabalhadores nas atividades industriais diminuiu, mas proporcionalmente a produção não foi reduzida e, hoje, está em alta. Em 2025, a venda de veículos já chegou a 1 milhão, com previsão de 3 milhões até o final do ano. Neste contexto, o cenário é favorável ao setor de autopeças e demais segmentos. “Não há razão para os patrões recusarem a redução da jornada, sem redução salarial”, argumenta Miguel Torres.

Onde o patrão estiver intransigente, não querendo negociar, haverá mobilizações mais fortes, protestos e até greve!