Metalúrgicos protestam contra alta dos juros na av. Paulista

Paulo Segura
Paulo Segura

Aos gritos de “diga não à recessão” e “toda unidade na luta contra o aumento dos juros”, dirigentes da Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central Sindical e de várias categorias realizaram na manhã desta quarta-feira (17), uma manifestação em frente à sede do Banco Central, na Avenida Paulista, e refutaram a possibilidade de o Copom (Comitê de Política Monetária) aumentar a taxa Selic hoje. Para os sindicalistas, se a taxa subir atenderá os desejos do mercado financeiro, que também defende a redução do emprego e dos aumentos reais de salários.

“A alta nos juros significa um retrocesso de dez anos. Vamos mandar um recado pra presidente Dilma: crise se enfrenta com investimento, baixando os juros, política industrial, agrícola e não com política recessiva”, declarou Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de SP e vice-presidente da Força Sindical, que representou o presidente da Central, Paulo da Força, no ato.

Miguel afirmou ainda que o tomate não pode ser responsabilizado pelo aumento dos juros nem estopim do aumento da inflação.  “Não podemos admitir este cavalo de pau que o ministro Guido Mantega (Fazenda) e o Tombini (presidente do Banco Central), querem dar aumentando os juros”, continuou.
Miguel mandou um recado aos dois: “se aumentarem os juros vamos voltar às ruas para pedir a cabeça deles”, afirmou.

Paulo Segura

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, destacou que não se pode reduzir a inflação via aumento da taxa de juros. “Defendemos a política de geração de empregos e elevação do volume de investimentos no País”, afirmou.

A secretaria nacional das Mulheres da Força Sindical, Maria Auxiliadora dos Santos, lembrou que juros altos tiram emprego e recomendou: “Diga não a inflação e à recessão, e sim à geração de empregos”.

Durante o protesto, os dirigentes assaram sardinhas e tomates em frente ao BC. A sardinha, para protestar contra os tubarões do dinheiro, da política monetarista do governo; o  tomate, porque se transformou no vilão da inflação.

Jaelcio Santana

icipação ativa de Juruna, diretores, coordenadores e assessores do Sindicato

Paulo Segura
Jaelcio Santana

Paulo Segura

Presidente MIguel Torres e JUruna, secretário-geral da Força