Dia do Trabalhador reforça luta pela manutenção de direitos

“O 1º de Maio, o Dia Internacional do Trabalho, tornou-se uma data síntese das lutas e reivindicações dos empregados pela redução do tempo de trabalho, por saúde e segurança nas empresas e por maiores salários. No Brasil, as manifestações da Força Sindical e demais centrais vão destacar a necessidade de se intensificar a mobilização contra a regressão de direitos trabalhistas e sociais.

Setores conservadores das elites — patrões da indústria, banqueiros, empresários do agronegócio e parte da imprensa — têm atacado as nossas conquistas sob o argumento de que direitos tiram a competitividade do Brasil. Trata-se de uma grande mentira. Foi por meio da valorização do trabalho e da recuperação do poder de compra dos salários que o país enfrentou a crise de 2008 sem grandes percalços.

Mas nossa luta não pode ficar por aí. Precisamos pressionar o governo federal e o Congresso Nacional pela Agenda da Classe Trabalhadora, que entre outras reivindicações, propõe a semana de 40 horas, fim do fator previdenciário, reforma agrária, valorização da saúde e educação, política de valorização das aposentadorias e ampliação do investimento público.

Companheiras e companheiros, só alcançaremos estes objetivos com a intensificação da luta dos trabalhadores organizados em seus sindicatos. Exemplo recente: a 7ª Marcha das Centrais Sindicais, em Brasília, colaborou para a aprovação da PEC das Domésticas.

A pressão  sobre o governo e o Parlamento, porém, tem de ser constante, diária, pois os setores conservadores também atuam para atingir seus objetivos. O caso mais recente foi o aumento da taxa Selic pelo Banco Central. A decisão vai encarecer o crédito, reduzir a produção e provocar desemprego, no caso de o movimento sindical ficar de braços cruzados.”

Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical