Minuto de silêncio em memória das vítimas de acidentes

Jaélcio Santana

Manifestantes fazem minuto de silêncio

Na primeira etapa de atividades do Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho (28 de Abril), os manifestantes de diversas categorias da Força Sindical (metalúrgicos, químicos, trabalhadores em edifícios, comerciários, trabalhadores na alimentação e da construção civil) se concentraram no auditório do Palácio do Trabalhador para ouvir as mensagens de solidariedade dos dirigentes sindicais à luta por ambientes de trabalho mais saudáveis e seguros.

Os manifestantes fizeram um minuto de silêncio e depois seguiram em passeata pelo centro de São Paulo para uma manifestação conjunta com categorias de outras centrais sindicais em repúdio à falta de segurança no trabalho e pelo fim dos acidentes graves e fatais.

28 de Abril

O Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho surgiu em razão de um acidente ocorrido nos Estados Unidos em 1969. A OIT, desde 2003, defende nesta data uma reflexão sobre a segurança e saúde do trabalhador. No Brasil, o Dia foi instituído em 2005. No País, segundo dados de 2011, foram registrados 771.164 acidentes do trabalho, 14.811 incapacidades permanentes e 2.884 mortes no trabalho.

Mensagens

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes , da CNTM  e vice-presidente da Força Sindical: “os patrões não investem em equipamentos de segurança e colocam em risco o maior patrimônio: os trabalhadores.Vamos fazer uma grande reflexão sobre o que devemos fazer para melhorar os ambientes de trabalho e exigir que os governos também entrem nesta briga. As famílias precisam ter mais tranquilidade”.  


Deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical:
“A luta por melhorias no ambiente de trabalho torna-se mais difícil pelo fato de os setores empresariais conservadores tentam acabar com os direitos trabalhistas. Nosso contraponto é avançar a pauta trabalhista e conquistar, por exemplo, a redução da jornada de trabalho, que, além de garantir mais qualidade de vida e mais salário, irá diminuir os acidentes de trabalho”.


Luisinho, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, coordenador do Departamento de Saúde e Segurança:
“o movimento unitário de diversas categorias e das centrais sindicais fortalece as ações contra as mortes no trabalho e as doenças profissionais que, infelizmente, apesar dos avanços, continuam ocorrendo”.  

João Carlos Gonçalves, o Juruna, diretor do Sindicato e secretário-geral da Força Sindical: “o movimento sindical brasileiro surgiu exatamente da necessidade de solidariedade às famílias dos trabalhadores mortos em acidentes de trabalho. E hoje, quem vai nos socorrer? Não podemos esperar apenas as ações de fiscalização e medidas dos governos. Precisamos ter sindicatos fortes, que atuem com prioridade nas questões de saúde e segurança, organizando os trabalhadores nos locais de trabalho para que tenham uma ação consciente e permanente e lutam com os dirigentes sindicais pelo fim das condições inseguras”.  

Jaélcio Santana

Fizeram parte da mesa: Miguel Torres, Paulinho, Elza Pereira, Luisinho e Medeiros