Relatório da OIT sobre tendências do emprego jovem: Uma geração em risco

Genebra (Suíça) – A OIT publicou hoje o Relatório “As tendências globais do emprego para jovens 2013: uma geração de risco”. As tendências são pouco optimistas quer em países desenvolvidos quer nos menos desenvolvidos. O relatório diz que a inserção dos jovens no mercado de trabalho agravou-se com a crise, sobretudo na União Europeia. “Não é fácil ser jovem no mercado de trabalho hoje” é assim que o relatório começa por contextualizar a situação laboral dos jovens no meio laboral nos dias de hoje.

Já não era fácil a inserção no mercado de trabalho e, com a crise, a situação ficou pior, facto que obriga que os jovens sejam menos seletivos no tipo de trabalho que eles vão desenvolver, aumentando o número de jovens que assumem cargos a meio-período ou temporários, afirma o relatório.

Muitas vezes, eles tem competências para assumir um trabalho melhor, mas tem de se submeter a trabalhos considerados inferiores e sem estabilidade, pois nas economias avançadas os empregos estáveis são cada vez mais escassos para os jovens, mesmo que a formação e educação seja maior, aponta o relatório.

As previsões para o desemprego jovem em 2013 também não são muito animadoras, a taxa mundial de desemprego jovem está estimada para 12,6 por cento em 2013. O relatório informa que são estimados que 73 milhões de jovens fiquem desempregados em 2013. O desemprego jovem nas regiões em desenvolvimento, segundo o relatório, enfrenta os maiores desafios na qualidade do trabalho disponível para os candidatos. O relatório revela ainda que a proteção social e as instituições laborais são fracas e grande número de jovens se submete ao emprego irregular e à informalidade.

Nas economias avançadas, o desemprego jovem chegou à uma taxa inesperada na geração jovem. Nas Economias desenvolvidas e na União Europeia, Oriente Médio e Norte da África, as taxas continuam a aumentar desde 2008. O desemprego jovem aumentou 24.9 por cento nas economias desenvolvidas e União Europeia entre 2008 e 2012, situando-se em 18.1 por cento em 2012. Segundo as projeções actuais, a taxa de desemprego nas economias desenvolvidas e União Europeia não irá descer abaixo dos 17 por cento antes de 2016.

Como solução o relatório oferece uma série de medidas para tentar conter os índices que continuam a subir. Uma dessas medidas é a implementação de estratégias equilibradas para o crescimento e a criação de trabalho para pessoas jovens através de uma parceria público-privada. A outra opção seria promover o trabalho decente para jovens em parceria com os governos e outras organizações. Programas de promoção da capacitação e serviços de aconselhamento estão entre as propostas oferecidas pelo relatório como meios de diminuir o desemprego jovem.

Fonte: unric.org