Manifestação pela redução da jornada

Jornal da Tarde

Luiz Guilherme Gerbelli, luiz.gerbelli@grupoestado.com.br

Cerca de 1,5 mil trabalhadores do ramo de metalurgia e construção civil realizaram ontem uma manifestação em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista. Os trabalhadores reivindicam a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. O ato foi organizado pela Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Depois da manifestação, um grupo de 30 pessoas decidiu permanecer acampado em frente à Fiesp. De acordo com o diretor do Sindicato dos Metalúrgico de São Paulo, Edson Passos, o acampamento será mantido até que a entidade responda à demandada dos sindicalistas.

Na segunda-feira, uma comissão de trabalhadores entregou para a direção da Fiesp um documento em favor da redução da jornada. Para o diretor do departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, a diminuição da jornada não abre espaço para a criação de postos de trabalho e pode até provocar fechamento de vagas nas pequenas empresas. “A cada 12 horas vamos nos revezar aqui. Só sairemos quando a Fiesp nos atender”, disse Passos.

O protesto na Av. Paulista começou por volta das 10h. Os sindicalistas partiram da Assembleia Legislativa, do Paraíso e Pacaembu e se encontraram em frente à Fiesp.

No início da manifestação, todas as faixas da Av. Paulista, no sentido Paraíso, foram ocupadas. Depois a Polícia Militar conseguiu reduzir para apenas uma faixa. Colaboraram Marcelo Rehder e Carolina Freitas