Congresso da Força aprova paralisação em 30 de agosto

Paulinho foi reconduzido à presidência e
Miguel Torres reeleito vice-presidente da central

O 7º Congresso Nacional da Força Sindical terminou nesta sexta-feira, 26 de julho, em Praia Grande, com a reeleição da direção nacional da central comandada por Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da entidade.

“Agradeço a todos, especialmente os delegados que se deslocaram de diferentes regiões do País para definirmos, todos juntos, as ações que a central desenvolverá nos próximos quatro anos. Foi uma excelente troca de experiência entre os companheiros. Pudemos conhecer as conquistas e os desafios de cada sindicato, federação e confederação” disse Paulinho.

Os congressistas aprovaram paralisações em todos os Estados pela Pauta Trabalhista, no dia 30 de agosto e, pela primeira vez na história da Força Sindical, foi cumprida a cota de 30% de mulheres na direção da central.

Durante o evento foi aprovado que o 7º Congresso será denominado de José Ibrahim, em homenagem ao sindicalista morto recentemente e um dos responsáveis pela grande e histórica greve de 1983.

João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical, afirmou que a central avançou nestes três dias de Congresso. “Debatemos ideias, relatamos e ouvimos experiências e formulamos um plano de lutas, que inclui a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salário, e pelo fim do fator previdenciário“.

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Miguel Torres, presidente do Sindicato, da CNTM e vice da Força

Foram reeleitos vários sindicalistas, entre os quais Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, da CNTM e vice-presidente da central; o secretário-geral da Força Sindical João Carlos Gonçalves, Juruna, também diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo; a diretora financeira do Sindicato Elza Costa, e vice da central, o tesoureiro Luiz Carlos Motta; o secretário de Relações Sindicais Geraldino dos Santos Silva, também diretor do Sindicato, e Nilton Neco da Silva, secretário de Relações Internacionais.

“Este 7º Congresso da Força Sindical foi um marco pelo cumprimento da cota das mulheres e valorização da sua luta, e pela aprovação do calendário de lutas pela Pauta Trabalhista e defesa dos direitos dos trabalhadores e sua cidadania”, disse Miguel Torres.

Esteve presente no encerramento do 7º Congresso, o deputado Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara, que sempre defende no Congresso Nacional as reivindicações apresentadas pelos trabalhadores. Vale ressaltar que estiveram presentes 90 dirigentes representando 51 países.

30 de Agosto – DIA NACIONAL DE PARALISAÇÃO

Durante três dias, os cerca de quatro mil delegados de todo o País debateram as teses propostas pela direção da Central e assuntos que foram levantados por eles nas reuniões dos grupos.

Uma delas foi a organização da mobilização nacional no dia 30 de agosto. Nesta data devem ser realizadas greves por diferentes categorias em todo o Brasil, caso o governo federal não negocie a Pauta Trabalhista que tem, entre os vários pontos, o fim do fator previdenciário, redução da jornada para 40 horas, sem redução de salários e a recomposição do poder de compra dos aposentados. Antes, no dia 6 de agosto, as centrais sindicais farão manifestações diante das federações e confederações patronais contra o PL 4330, que amplia a terceirização. Os congressistas votaram pela não regulamentação da terceirização.

Outros pontos aprovados foram a defesa de 10% do (PIB) Produto Interno Bruto para a Educação e 10% do PIB para a Saúde; a permissão da entrada de médicos estrangeiros no País para trabalhar nas periferias das regiões metropolitanas e no interior do Brasil e fim da contribuição compulsória dos aposentados.

Foram aprovadas, também, a inclusão de 10% dos jovens na direção da Central e a criação da Secretaria Nacional dos Empregados(as) Domésticos(as) da Força Sindical, que será conduzida pela sindicalista Eliane Gomes, de São Paulo.

Temas debatidos
Os temas em debate nos grupos de trabalho foram os seguintes:
Crise econômica internacional e o colapso do neoliberalismo; Economias emergentes, dinamismo econômico e multipolaridade; O debate estratégico sobre os rumos do desenvolvimento brasileiro; Lutar para mudar a política econômica; Desindustrialização e dificuldades para o crescimento robusto da economia; concluir a transição para uma nova política econômica; Governos Lula e Dilma e o diálogo social: um balanço; Recuperar o protagonismo do Ministério do Trabalho e Emprego; O combate às práticas antissindicais; A batalha pela Pauta Trabalhista; A Agenda do Trabalho Decente e A unidade dos trabalhadores é um elemento positivo e que deve avançar.

Paralelamente ao Congresso foram realizados os encontros nacionais de Comunicação, dos Químicos; dos Servidores Públicos; trabalhadores na área de Motofrete e Mototáxi; Saúde e Segurança do Trabalhador, e  plenária das Mulheres.


Elza Pereira, secretária de finanças do Sindicato e vice-presidente da Força

Arakém, secretário-geral do Sindicato

Cobertura jornalística e fotográfica das Assessorias de Imprensa da Força Sindical, do Sindicato e Box Mídia TV.

Matéria sobre abertura do 7º Congresso