Trabalhadores metalúrgicos e da construção civil decretaram greve nas empresas Central Metalúrgica Catalana (CMC) e Catalana Construções e Montagem Ltda (CCM) no dia 9. A pauta de reivindicações é extensa e a paralisação deve continuar até que as duas empresas, que são do mesmo grupo, atendam as exigências dos trabalhadores.
Mais de duzentos trabalhadores permanecem mobilizados na porta da empresa desde a manhã de segunda-feira juntamente com o Sindicato dos Metalúrgicos (SIMECAT) e da Construção Civil (SINTRACOM), que estão à frente da manifestação.
Os principais fatores que desencadearam a greve são: reajuste salarial, que vem sendo negociado desde novembro/2012 sem êxito, vale card e implementação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), entre outros benefícios. Os trabalhadores também sofrem com a falta de pagamento das horas extras, pois são proibidos de registrá-las no cartão de ponto.
Segundo o presidente do SIMECAT, Carlos Albino, diversas irregularidades foram encontradas e já são pelo menos oito anos de denúncias. “Essa greve vai ficar para a história. Há muitos anos estamos em contato com os trabalhadores, conscientizando e mobilizando e o grande dia chegou. Os trabalhadores cansaram de ser lesados pelo patrão”, alega.
Para manter um movimento forte e ordeiro pelo tempo que for necessário, o SIMECAT preparou uma estrutura na porta da empresa com tendas, banheiros químicos e bebedouros, além de fornecer café da manhã e almoço para todos os trabalhadores em greve.
A greve dos trabalhadores da CMC e da CCM é legalizada e também está recebendo o apoio dos outros sindicatos da cidade como o SINDCOM, METABASE, SINDTRANSPORTE e SINDFIO. Como não há previsão para o encerramento, sindicatos de outros municípios também estão se deslocando até Catalão para apoiar o movimento.
Por Juliana Barbosa – Assessoria de Imprensa SIMECAT