Eleno coordena greve na Voith

O primeiro dia de greve dos metalúrgicos da Força Sindical no Estado de São Paulo, segunda-feira, 22 de outubro, teve a adesão de aproximadamente 190 mil trabalhadores de cerca de mil empresas do grupo denominado 19-3, que envolve as indústrias de máquinas, eletroeletrônicos, eletrodomésticos, artefatos de metais não ferrosos, condutores elétricos e  esquadrias metálicas. O grupo emprega quase 50% dos 700 mil trabalhadores da categoria no Estado.

As greves são de advertência, aconteceram no período da manhã e duraram, em média, quatro horas, em repúdio à oferta de 6% de reajuste salarial global, percentual que não alcança nem 2% de aumento real, e à retirada de cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho.

A campanha unificada reúne 53 sindicatos de metalúrgicos do Estado, filiados à Federação dos Metalúrgicos do ESP e à Força Sindical. A data-base é 1º de novembro.

Novas rodadas de negociação
A paralisação repercutiu positivamente. Os empresários pediram uma trégua e marcaram novas negociações, comprometendo-se a apresentar uma contraposta às reivindicações dos trabalhadores: 12% de reajuste salarial e manutenção das cláusulas sociais, inclusive as que garantem estabilidade no emprego aos acidentados no trabalho e portadores de doenças profissionais.
 
As negociações estão marcadas para:
23 de outubro, terça-feira, às 10h, com o Grupo 3 (autopeças)
24 de outubro, quarta-feira, às 16h, com o Grupo 10 (Fiesp)
25 de outubro, quinta-feira, às 14h, com o Sindisider (produtos para siderurgia)
26 de outubro, sexta-feira, às 9h, com o Sindimotor.

“Esperamos uma proposta satisfatória e vamos convocar Assembléias para a próxima sexta-feira. Se não houver acordo vamos iniciar greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira, dia 29 de outubro”, afirma Eleno Bezerra, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos da Força Sindical.

Veja mais imagens na Galeria de Fotos