A Força Sindical e a Federação Nacional dos Trabalhadores da Construção Pesada consideram lamentável e inadmissível que acidentes como o ocorrido hoje nas obras do Itaquerão continuem acontecendo e vitimando trabalhadores. Nos solidarizamos com as famílias do montador Ronaldo Oliveira Santos e do motorista Fabio Luiz Pereira, que morreram vítimas de mais um descaso de autoridades e construtoras.
É o terceiro acidente com este tipo de maquinário (guindaste) que acontece em obras em São Paulo este ano: Viracopos (dois mortos), linha Lilás do metrô (1 morto) e, agora, Itaquerão.
Em 2012, no início das obras do estádio foi realizado um evento pelo ato seguro no trabalho, com a presença de autoridades. Lembramos que para evitar acidentes não basta o uso de equipamentos de segurança, mas o banimento, pelas autoridades, da precariedade das condições de trabalho e o combate à mão de obra clandestina e às subempreiteiras, que estão instaladas nas grandes obras. Todas as vítimas fatais eram contratadas de subempreiteiras.
Recentemente, a presidente Dilma disse que é “um absurdo paralisar obra no Brasil” e “extremamente perigoso”. Mas é imperioso impedir que acidentes continuem acontecendo e matando. Não se pode tocar obras ao custo de vidas humanas. É lamentável e inaceitável. Os trabalhadores brasileiros não podem continuar sendo apenas estatística.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Wilmar Gomes dos Santos
Presidente da Fenatracop (Fed. Nac. dos Trab. da Construção Pesada e do Sindicato dos Trabalhadores da Ind. da Construção Pesada do ESP