190 mil metalúrgicos em greve

Eleno coordena greve na Voith

Diante da falta de um entendimento com os grupos patronais, os metalúrgicos da Força Sindical no Estado de São Paulo entraram em greve nesta segunda-feira, dia 22 de outubro, para pressionar pelo aumento salarial e garantia das cláusulas sociais da convenção coletiva.

Neste primeiro dia, os trabalhadores permaneceram parados durante o período da manhã. As greves aconteceram principalmente nas maiores empresas do Grupo 19-3 (máquinas, eletroeletrônicos) em todo o Estado de São Paulo, setor que emprega quase 50% dos 700 mil trabalhadores da categoria.

O movimento reuniu aproximadade 190 mil trabalhadores em vários municípios: São Paulo, Ribeirão Preto, Osasco, Guarulhos, Mococa, Jundiaí, Piracicaba, Santa Bárbara D´Oeste, Mogi Guaçu, Tupã e Araçatuba, entre outros.

Em São Paulo, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Eleno Bezerra, percorreu várias empresas: 5h30, Lorenzetti (av. Pres. Wilson, 1.230, Mooca), zona leste. Depois, ele seguirá para a Voith Paper Máquinas e Equip., na zona oeste (r. Friedrich Von Voith, 825, Jaraguá), e, em seguida, para a Armco do Brasil, na zona leste (ar. Dr. Francisco Mesquita, 1.575, Vila Prudente).

Miguel Torres, secretário-geral do Sindicato, esteve a partir das 5h na Cosinox Eletrodomésticos (av. Henry Ford, 204) e CNS Central (Av. Henry Ford, 1.217), Mooca.

Nesta segunda-feira, a coordenação sindical da Campanha fará uma avaliação do movimento e, se os grupos patronais não apresentarem uma contraproposta satisfatória, as greves serão intensificadas, segundo Eleno Bezerra.

A categoria já recusou a única proposta salarial de 6%, do Grupo 19-3, que também quer reduzir vários benefícios da convenção coletiva, entre eles, a comissão eleitoral da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e o item que prevê que apenas empregados próprios, e não terceirizados, podem fazer serviços de manutenção mecânica e elétrica.

Na sexta-feira, 19 de outubro, em mais uma rodada de negociação, com o Grupo 10 (Fiesp), os Sindicatos saíram sem nenhuma oferta. Em Mogi das Cruzes, a primeira negociação com o Ciesp (Centro das Indústrias) também não apresentou novidade.

As negociações começaram no dia 25 de setembro, com rodadas de negociação com os grupos 3 (autopeças), 19-3, 10 (Fiesp), Sindisider (siderurgia) e fundição, sem resultados positivos até agora.

A Campanha Salarial 2007 envolve 53 sindicatos metalúrgicos no Estado de São Paulo. A data-base é 1º de novembro e a categoria reivindica:

Reajuste salarial de 12%
Piso único de R$ 900
Fim da terceirização ilegal
Obrigatoriedade de negociação da PLR

Entre outros itens
Greve na Metalfrio   
Greve na CNS      
Greve na Cosinox   
Greve na Invensys