Fotos Jaelcio Santana |
10 de Dezembro é o Dia Internacional dos Direitos Humanos, e para lembrar a data a Força Sindical realizou nesta manhã, em sua sede, o debate “Direitos Humanos no Mundo do Trabalho – Avanços e Desafios”. O evento realizado no auditório da sede da Central contou com a presença de diversos dirigentes sindicais.
Vanderlei Roberto dos Santos, secretário dos Direitos Humanos da Força Sindical-SP, foi o mediador do debate que teve como palestrantes João Batista da Costa, secretário de Inclusão da Pessoa com Deficiência da Força Sindical SP e Ivan Seixas, presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) e membro da Comissão Nacional da Verdade.
Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, reforçou que a luta pelos direitos humanos vai fortalecer ainda mais a luta do movimento sindical por mais conquistas para os trabalhadores.
Vanderlei lembrou que os direitos humanos é um tema que abrange muitos segmentos desde as necessidades básicas que vão desde saúde, saneamento e segurança pública, passa por empregos decentes e vão até as torturas praticadas pelos militares durante a ditadura. “Nossa Central tem realizado um importante trabalho na luta para que os direitos dos trabalhadores em todas as esferas sejam cumpridos”.
Durante o evento, os sindicalistas fizeram uma homenagem ao líder Sul-africano, Nelson Mandela, que faleceu semana passada. “Não podemos deixar de prestar esta homenagem a uma das referencia do mundo que sempre esteve a frente das lutas por igualdade em seu país. Mesmo preso durante 27 anos, Mandela não deixou que seus sonhos e ideias ficassem esquecidos”, destacou o sindicalista.
Roberto Sargento, secretário de Comunicação da Força SP, e diretor do Sindicato, ressaltou a importante participação da Central em várias ações pela preservação dos direitos humanos. “Vivemos um longo período onde os direitos foram cerceados e hoje temos que estar alertas para que nossos direitos sejam respeitados”.
Neusa Barbosa, acredita que hoje é um importante momento para se fazer um reflexão e análise de tudo o que aconteceu ao longo dos anos em relação a violação dos direitos humanos. “É preciso lutar pela implantação de políticas públicas de combate a violência contra as mulheres”, ressaltou.
Francisco Carlos Quintino da Silva, Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, reforçou que é extremamente importante a motivação para debater temas como este. “O movimento sindical defende os interesses dos trabalhadores em todas as esferas e os direitos humanos não podem ficar de fora das nossas discussões”.
João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical Nacional destacou a importância da valorização de debates como este que movimento sindical realiza sobre questões que envolvem os direitos humanos. “Precisamos lutar por mais direitos para toda a sociedade”.
O secretário de mobilização, Claudio do Prado, lembrou que desde quando a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi instituída em 1948, nós brasileiros avançamos muito pouco na conquista dos direitos. “A sociedade é capaz de lutar por mais direitos e nós como movimento sindical temos participação decisiva nessas conquistas”.
João Batista da Costa fez uma apresentação de como está a situação dos trabalhadores com necessidades especiais no que diz respeito ao mercado de trabalho. “Os deficientes físicos encontram inúmeras barreiras na hora de conseguir uma oportunidade de trabalho”.
O sindicalista lembra que há 22 anos foi aprovada a lei de cotas onde as empresas tem que possuir em seu quadro de funcionários um determinado número de trabalhadores com deficiência. Os números são alarmantes, a cada 4 trabalhadores apenas um consegue uma colocação. “É preciso um trabalho de sensibilização para que as empresas cumpram a lei de cotas e que a igualdade de oportunidades venha a se tornar uma realidade”.
Ivan Seixas demonstrou muita satisfação ao ver o evento com a participação de muitos dirigentes sindicais. “Vejo que a Força Sindical da uma importância significativa ao tema, fortalecendo suas secretarias de Direitos Humanos, com eventos como este”.
Seixas que é membro Comissão Nacional da Verdade lembrou a necessidade de se fazer justiça, cobrar reparação para aquele que viveram o período da ditadura. “Temos que lutar pela verdade e justiça para aqueles que foram privados da sua liberdade, torturados e mortos”, finalizou.