Centrais definem realização da 8ª Marcha para abril

Jaélcio Santana

Reunião aconteceu na sede da CUT

Dirigentes da Força Sindical e demais centrais sindicais definiram no dia 15 de janeiro realizar a 8ª Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília no mês de abril.

A manifestação, que deve reunir milhares de trabalhadores na capital federal, faz parte de uma série de ações conjuntas que serão realizadas para sensibilizar a sociedade e o governo quanto a importância da aprovação dos itens que constam na Pauta Trabalhista.

Representando a Força Sindical estavam o secretário-geral, João Carlos Gonçalves (Juruna), o 1º secretário, Sergio Luiz Leite (Serginho) e o secretário de Relações Sindicais, Geraldino dos Santos.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, considera fundamental a continuidade da ação unitária das centrais sindicais. “A aprovação da Pauta Trabalhista só trará benefícios para o país”, acrescentou o sindicalista.

Segundo Juruna, a pauta de reivindicações das centrais sindicais será a mesma apresentada ao governo e que até o momento não avançou nas negociações. “Vamos fazer uma atualização das nossas reivindicações e apresentar ao atual governo”.

Serginho ressaltou que “o fim da terceirização, a jornada de 40 horas sem a redução dos salários e o fim do fator previdenciário devem encabeçar a luta dos trabalhadores este ano”.

Geraldino lembra que em 2013 os trabalhadores pouco avançaram nas negociações. “O movimento sindical deve ampliar as negociações com o governo para que os trabalhadores mantenham e ampliem seus direitos”.

Juruna lembra que ainda hoje será encaminhado um pedido de audiência com a presidenta Dilma para apresentar as reivindicações prioritárias da classe trabalhadora. “Esperamos que ainda em janeiro a presidenta nos receba e inicie as negociações para que os itens prioritários da Pauta Trabalhista sejam aprovados”.

NOTA OFICIAL DAS CENTRAIS SINDICAIS

As Centrais Sindicais (CGTB, CUT, CTB, Força Sindical, NCST e UGT), reunidas no dia 15 de janeiro de 2014, na sede da CUT, em São Paulo, deliberaram unitariamente pela retomada da “Agenda da Classe Trabalhadora para um Projeto Nacional de Desenvolvimento com Soberania, Democracia e Valorização do Trabalho”, reiterando a importância da defesa da pauta entregue ao Governo em março de 2013, por ocasião da “7ª Marcha das Centrais Sindicais e dos Movimentos Sociais”, realizada em Brasília.

A retomada da luta pela implementação da “Agenda pelo Desenvolvimento” tem a finalidade de traçar um caminho contrário ao seguido historicamente pelo país, que resultou na apropriação, pela elite, da riqueza gerada pelo esforço de todos, privando grande parcela da população do acesso aos bens e serviços produzidos, situação agravada, recentemente, pela violenta sangria do patrimônio nacional via desnacionalização de nossas empresas, das elevadas remessas de lucros para o exterior e da descontrolada especulação financeira internacional.

Crescer e distribuir renda deve ser uma bandeira permanente do Movimento Sindical, cujas responsabilidades vão muito além do embate entre o capital e trabalho no interior das empresas ou nas mesas de negociação. É necessário ganhar as ruas, contrapor-se, de forma categórica e veemente, às forças do retrocesso e mostrar a importância da participação popular nas discussões dos grandes temas nacionais.

Assim, considerando-se:
– a pouca disposição do Governo em dialogar com o Movimento Sindical e o não atendimento dos  pontos da pauta entregue;
– o arrocho nos salários dos  servidores públicos e nos benefícios dos aposentados; 
– os constantes ataques à politica de recuperação e valorização do Salário Mínimo;
– a responsabilização dos salários como fator de desestabilização econômica;
– a elevação da taxa básica de juros como único instrumento de estabilização, permitindo brutal transferência de renda de toda sociedade para os rentistas;
– os danos que tal política causa ao setor produtivo, comprometendo o emprego e a renda;

As Centrais Sindicais vêm, por meio desta nota, reafirmar a sua posição na defesa de um desenvolvimento econômico sustentável, soberano, com distribuição de renda e inclusão, de modo a assegurar que todos os brasileiros se beneficiem dos frutos do crescimento econômico.

Central Geral dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiras – CGTB
Central Única dos Trabalhadores – CUT
Central dos Trabalhadores do Brasil – CTB
Força Sindical – FS
Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST
União Geral dos Trabalhadores – UGT