Fotos Marcos Júnior Miguel Torres fala no evento |
Dirigentes sindicais do Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul cobraram nesta terça-feira (dia 15), na abertura do III Fórum do BRICS Sindical, em Fortaleza, a inclusão das centrais sindicais de trabalhadores na Cúpula dos BRICS, grupo formado pelos governos dos referidos países e que tem a participação formal dos empresários.
O encontro acontece paralelamente à VI Cúpula do bloco, que se realiza nos mesmos dias, na capital cearense, com a presença dos presidentes dos países participantes, e vai até esta quarta-feira (16).
“É importante fortalecer a atuação sindical, avançar nos direitos trabalhistas e também na conquista de medidas que promovam o bem-estar dos trabalhadores. No Brasil, o movimento sindical tem demonstrado grande empenho na conquista de aumentos reais de salários, mesmo em períodos de crise econômica. As centrais mostram maturidade em unificar a luta em pontos de consensos. Agora devemos fazer ação conjunta no BRICS e definirmos propostas que levem em conta as disparidades entre os países”, disse Miguel Torres, presidente da Força Sindical.
O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-geral da Presidência da República, declarou que o empenho dos trabalhadores de fazerem parte dos BRICS mostra um rompimento da consciência de classe que temos de combater no Brasil. O ministro quis dizer que os trabalhadores integrarem o BRICS é um direito natural, mas alguns setores consideram que apenas os empresários podem ser incluídos. “O governo brasileiro”, disse, “é favorável à formalização dos trabalhadores no BRICS e para tornar a proposta uma realidade depende da concordância dos cinco países”.
Carvalho falou ainda que o atual modelo de desenvolvimento do País está esgotado e o PT defende um modelo de crescimento com inclusão social e distribuição de renda, que cuida das pessoas e da natureza. “Não há como fazê-lo sem a participação social”.
Participaram da abertura, os presidentes das centrais brasileiras: Miguel Torres (Força Sindical); Vagner Freitas (CUT); Ricardo Path (UGT); Maria Lúcia Pimentel (CGTB); Divanilton Pereira (CTB), Carlos Alberto Schmitt de Azevedo (CNPL). Outros líderes são: João Felício, presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI); Shiping Zhang, vice-presidente da ACFTU (China); Zwelinzima Vavi, secretário-geral da Cosatu e Dennis George secretário-geral da Fedusa (ambos da África do Sul); Suresh Kumar, diretor CITU (Índia) e Mikhail Shmakov, presidente da FNPR (Rússia).
Mesa de abertura do evento |