Trabalhadores querem ouvir empresários na Comissão Nacional da Verdade

O Grupo de Trabalho (GT) dos Trabalhadores da Comissão Nacional da Verdade pretende ouvir empresários sobre o tratamento dado aos trabalhadores na época da ditadura.

“Queremos esclarecimento sobre a prática das empresas na época que encaminhavam as fichas de trabalhadores para a polícia”, declara Gleides Sodré, diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, que integra o GT.

Hoje (dia 29), os integrantes do GT se reuniram na sede da Força Sindical para debater o relatório que estão elaborando e cada entidade listou temas que remetem aos entulhos da ditadura que precisam ser incluídos.

Por exemplo, interdito proibitório; papel da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) em relação ao movimento do trabalhador; a segurança terceirizada; desmilitarização das polícias militares; criminalização do movimento; papel dos tribunais do Trabalho e, proibição da presença do sindicato dentro das empresas.

Para Gleides, o GT é importante pois contribui com a Comissão esclarecendo as histórias de companheiros e companheiras que foram perseguidos e presos por sua atuação contra a ditadura”, disse.