Diretor participa de reunião sobre Nanotecnologia

Assessoria de Comunicação do MCTI

Diretor Luisinho participa da mesa de discussão

O diretor do Sindicato Luís Carlos de Oliveira, Luisinho, coordenador do Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador, do Sindicato, participou da 6ª Reunião do Comitê Interministerial de Nanotecnologias (CIN), realizada terça-feira, dia 26, em Brasília. O principal tema de discussão foi a “regulação da nanotecnologia e participação do Brasil no projeto NanoReg”. O Comitê aprovou a adesão do BRasil ao NanoReg (veja abaixo).
Luisinho participou como representante da central Força Sindical no evento, que reuniu representantes dos ministérios de Ciência e Tecnologia, do Trabalho e Emprego, Saúde e Previdência Social, Fundacentro, Inmetro, empresários e trabalhadores.

Comitê Interministerial de Nanotecnologia aprova adesão ao NanoReg

A adesão do Brasil ao projeto europeu foi decidida na sexta reunião do CIN, realizada no MCTI. A iniciativa trata da regulação internacional em nanotecnologia.

por Ascom do MCTI

O Comitê Interministerial de Nanotecnologia (CIN) aprovou nesta terça-feira (26), na sexta reunião do colegiado, a adesão do Brasil ao projeto europeu NanoReg, que trata da regulação internacional em nanotecnologia. Coordenada pelo Ministério de Infraestrutura e Meio Ambiente da Holanda, a iniciativa envolve 64 instituições de 16 países europeus, além de Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão.

No encontro, os membros também discutiram a estrutura de governança para a participação brasileira no NanoReg. A ideia é que a responsabilidade de governo fique a cargo da presidência do CIN – que está sob a coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – e a representação técnico-científica caiba ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que deve atuar em parceria com outras instituições, organizações, pesquisadores e redes de nanotoxicologia.

Os integrantes também decidiram pela criação de um comitê de acompanhamento do projeto, que deve contar com representantes do MCTI, dos ministérios da Saúde, do Meio Ambiente e do Trabalho e Emprego, além da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Com essa decisão passamos para a parte executiva e, em setembro, durante um workshop em Curitiba, teremos um dia dedicado à formalização da entrada do Brasil no NanoReg”, informou o coordenador-geral de Micro e Nanotecnologias da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec) do MCTI, Flávio Plentz.

Ele ressaltou a importância da participação brasileira, já que o NanoReg é um projeto mundial que visa dar suporte técnico e científico a todas as questões de regulação em nanotecnologia. Além disso, a iniciativa está ligada aos principais organismos globais que lidam com regulação, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Organização Internacional para Padronização (ISO) e a Agência Europeia dos Produtos Químicos (Echa).

“É um projeto que vai alimentar e dar subsídios confiáveis a todos os órgãos e agências, sejam eles internacionais ou nacionais, afetos a cada país, para a tomada de decisões e regulamentações, elaboração de leis e para todas as outras questões relacionadas à regulamentação e regulação da nanotecnologia”, explicou o coordenador. “Não se pode fazer regulamentação com base em achismo, e o NanoReg vai estabelecer esse primeiro conjunto de informações absolutamente vitais para se ter um sistema internacional robusto de regulação de nanotecnologia.”

Plentz explica que o projeto funciona em formato de consórcio, por meio do qual cada membro se torna responsável, durante dois anos, pela produção de um determinado conjunto de dados e informações sobre uma temática específica que, ao final, serão compartilhados entre os participantes do projeto. Questões como a liberação de consumo de um medicamento ou cosmético ou toxicologia de um nanotubo de carbono.

“É uma maneira muito organizada, prática e muito eficiente de caminhar rápido e com segurança na questão de regulação de nanotecnologia”, avaliou o coordenador. “O que o NanoReg faz é dividir as tarefas, cada um assume a responsabilidade sobre uma determinada questão. Agora estamos decidindo como o Brasil pode contribuir”, acrescentou. A adesão também foi tema de discussão no workshop Sibratec – SisNano: a Nanotecnologia como Plataforma para a Inovação, em 29 de julho.

Sobre o CIN
O Comitê Interministerial de Nanotecnologia tem a finalidade de assessorar os ministérios na integração da gestão, na coordenação e no aprimoramento das políticas, diretrizes e ações voltadas ao desenvolvimento das nanotecnologias no Brasil. É integrado por um representante e um suplente de dez ministérios, sendo o MCTI responsável pela sua coordenação.

Cabe ao comitê, entre outras atribuições, propor mecanismos de acompanhamento e avaliação de atividades na área, bem como formular recomendações de planos, programas, metas, ações e projetos integrados para a consolidação e a evolução das nanotecnologias no país, indicando potenciais fontes de financiamento e os recursos necessários para apoiar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

matéria de 25.7.14

De cosméticos a engenharia civil, nanotecnologia faz parte do cotidiano

O conceito e as aplicações sobre esse tipo de tecnologia foram apresentados nesta tarde ao público que visitou a SBPC em Rio Branco (AC).

por Raphael Rocha – Ascom do MCTI

De componentes eletrônicos a medicamentos contra doenças como o câncer, as diversas aplicações da nanotecnologia foram apresentadas ao público que participou, nesta sexta-feira (25/7), da mesa-redonda sobre o tema durante a 66ª Reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A atividade reuniu três pesquisadores em uma das salas da Universidade Federal do Acre (UFAC), onde, até o domingo (27), ocorre a reunião da SBPC.

“Fornecer aplicações únicas de materiais com grande impacto econômico, científico, tecnológico, além de potencial para introduzir benefícios na qualidade de vida da sociedade”, disse a professora do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Giselle Zenker Justo, ao explicar o conceito e a utilização da nanotecnologia.

A nanotecnologia está presente em inúmeras áreas. É aplicada na indústria de cosméticos, em fármacos, eletrônicos, automotores, artigos de higiene pessoal e na área de engenharia civil, entre outras.

Segundo Roberto Nicolete, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apesar da projeção global de investimentos em nanotecnologia até 2020 ser da ordem de US$ 3 trilhões, o número de medicamentos com esse tipo de tecnologia ainda é baixo, pouco mais de 20 no mundo todo.

Experiência brasileira

O pesquisador do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Fernando Galembek, ressaltou um paradoxo interessante da nanotecnologia. “Apesar de construir grandes instrumentos como o equipamento de soldagem, a nanotecnologia parte de estudos microscópicos”.

Galembek referia-se ao instrumento de soldagem por atrito com pino não-consumível (friction stir welding, na sigla em inglês), um dos projetos desenvolvidos pelo LNNano. O equipamento permite a união de materiais, principalmente metálicos, no estado sólido, através do aquecimento por atrito e deformação gerados por uma ferramenta que rotaciona e se desloca ao longo da junta.