“Não podemos nos calar diante da informação contida na nota técnica do Banco Central sobre a expectativa inflacionária, resultado dos aumentos dos salários. Entendemos a informação como tentativa de arrefecer os ânimos dos trabalhadores e das lutas das categorias com data-base no segundo semestre.

O crescimento do nível da massa salarial é, sim, compatível com o crescimento da produtividade e com o aumento do mercado interno e externo. Podemos citar os dados do IBGE, que revelam que a produção industrial subiu 8,9% nos últimos 12 meses, e o acumulado dos oito primeiros meses do ano é de 14,1%.

Vale destacar, ainda, que o aumento da renda, proporcionado pelas vitoriosas campanhas salariais deflagradas pelos sindicatos, impulsiona o crescimento da economia, gerando novos postos de trabalho, o aumento da massa consumidora e, consequentemente, mais produção.

Estes novos consumidores, deve-se ressaltar, é um instrumento propício e extremamente importante para a distribuição de renda que está sendo implementada no País. Lembramos, também, que as Centrais Sindicais já encaminharam um pedido ao governo para a abertura de negociação sobre o aumento do salário mínimo para 2011.

A Força Sindical recomenda às suas entidades sindicais filiadas a continuação e a intensificação da mobilização das categorias em campanha salarial para aumentos de salários e ampliação de direitos”.

Miguel Torres
Presidente em exercício da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes
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