O governo prorrogou, até o final do ano, a medida que mantém alíquotas reduzidas do IPI para a indústria automotiva. O discurso é que a medida vai contribuir para aumentar a venda de veículos, e que existe o compromisso de manter o emprego dos trabalhadores do setor. Mas não podemos nos esquecer de que discurso é discurso, não é compromisso, não é documental e, portanto, não é oficial.
A Força Sindical não é contrária à redução ou à isenção de impostos. Pelo contrário: sempre protagonizamos a luta por menos impostos no País. O que queremos é que, com a redução do IPI, o governo acene com contrapartidas que beneficiem os trabalhadores, principalmente no que se refere à manutenção e à geração de emprego. Não podemos nos esquecer de que existe toda uma cadeia produtiva que compõe o setor automobilístico e, se o governo não está conseguindo sequer manter os empregos existentes, como conseguirá gerar novos?
Enquanto não houver uma reforma tributária consistente, as medidas governamentais, sem contrapartidas para os trabalhadores, serão apenas paliativas.