Após cinco meses seguidos de queda, a produção industrial voltou a crescer em julho (0,7%%) ante junho, conforme levantamento do IBGE. A pequena reversão, porém, não causou otimismo entre os trabalhadores porque a economia vem mal há muito tempo.
É o caso do PIB que caiu 0,2% no primeiro trimestre e 0,6% no segundo trimestre de 2014. Este cenário mostra que a política econômica do governo, baseada nos juros altos, na combinação da redução da demanda da indústria (via importação subsidiada) com a redução dos investimentos privados, impediu o crescimento do PIB.
Corre-se o risco, ainda, de aumento do desemprego e redução da renda de tal forma que a luz amarela já está acesa, mostrando que a política econômica do governo está equivocada e se permanecer como está o País poderá entrar em recessão. Na nossa opinião, para frear a recessão, o governo precisa criar uma política industrial, oferecer crédito barato para a pesquisa, produção e aumento do parque fabril.
Além disso, as autoridades econômicas terão de reduzir os juros, não só para estimular o investimento produtivo, como também incentivar a população a consumir. Não adianta o governo culpar a Copa do Mundo, a seca e a crise internacional pelo resultado negativo da economia.
A Volkswagen no Brasil, por exemplo, traçou um cenário nada animador para o setor automobilístico do país nos próximos meses e em 2015. Neste ano, a montadora já fala em tomar mais medidas para ajustar os estoques. No ano que vem, a companhia deve registrar números de vendas semelhantes aos de 2014.
A verdade é que, sem uma política voltada para o desenvolvimento do Brasil com valorização do trabalho, o País não vai crescer de forma sustentada com distribuição da riqueza e com redução da desigualdade social.