“Em 2015, as Centrais Sindicais vão ter de intensificar a luta para manter os direitos trabalhistas e sociais, pois a nova equipe econômica, que está para assumir, trabalha com a perspectiva de reduzir fortemente as despesas do governo. Para isso, poderão cortar gastos com seguro-desemprego, pensões por morte e abono salarial.
A ideia é aumentar a economia do setor público para pagar os juros da dívida. O governo pretende ainda elevar fortemente a taxa Selic, manter nos mesmos valores os repasses para o Bolsa Família e elevar as tarifas públicas.
Aumentar os juros equivale a condenar o trabalhador ao desemprego e a queda da renda. Com juros altos, o crédito encarece, o povo compra menos, cai a produção e as vendas das empresas, aumentando o desemprego e a miséria.
Por isso, a Força Sindical e as demais centrais retomaram dias atrás protesto contra medidas antitrabalhistas adotadas pelo governo federal. A manifestação unitária foi realizada em frente o prédio do Banco Central na Avenida Paulista, em São Paulo.
Também por causa da elevação dos juros, o IBGE detectou que 16 dos 24 ramos industriais reduziram suas estimativas para a economia em 2014. Para eles, o fraco resultado da indústria em outubro vai segurar o PIB do quarto trimestre.
Sabemos que esta política impopular, além de prejudicar os trabalhadores, vai levar os próximos ministros da área econômica a atacar a política de recuperação do salário mínimo, a fim de não renová-la.
Por isso, sugerimos reforçar a unidade de ação do movimento sindical para defender uma política de redução dos juros e combater todas as medidas que prejudiquem os trabalhadores. Juros baixos refletem na qualidade de vida dos assalariados.”