Criada em 1º de maio de 1943, durante o governo Vargas, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é, até hoje, a principal legislação de proteção aos direitos dos trabalhadores e uma das maiores conquistas sociais do País. Mas, apesar dela, todos os anos surgem novos casos de trabalho análogo ao escravo, exploração do trabalho infantil e milhares de processos na Justiça pelo não cumprimento dos direitos previstos.
A Força Sindical e as demais Centrais, ao lado de seus Sindicatos filiados, entre eles o dos metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, estão empenhadas em fazer com que os direitos já existentes sejam mantidos e, principalmente, ampliados, reduzindo o desemprego e as desigualdades e aumentando a produção e a renda.
Nossa luta é pela redução da jornada semanal de trabalho para 40 horas, sem redução salarial; pela igualdade de oportunidades e salários entre homens e mulheres; pelo trabalho decente; contra a terceirização, a rotatividade de mão de obra e a informalidade; pela livre organização sindical no local de trabalho; pela revogação do Fator Previdenciário; pela manutenção da política de reajuste do salário mínimo; pela recuperação das aposentadorias; pela correção da tabela do IR; pela ratificação da Convenção 158 da OIT, que combate a demissão imotivada; pelo fim das práticas antissindicais (ingerência do Estado na livre organização dos trabalhadores); por juros mais brandos e pelo fortalecimento da indústria nacional, entre outras demandas.
Este ano promete ser bastante duro para a classe trabalhadora e para o movimento sindical. Inflação em alta, crise econômica, indústrias em declínio, empregos ameaçados, corrupção, desmandos. E nós, trabalhadores, Sindicatos, Centrais, Federações e Confederações, temos de estar unidos e organizados na defesa de nossas bandeiras. Só com muita pressão e capacidade de mobilização conseguiremos atingir nossos objetivos, uma vez que os empresários, as grandes instituições financeiras e os rentistas, e sua poderosa representação no Congresso Nacional, farão de tudo para deixar as coisas como estão.