O nosso País convive com uma situação limite de desindustrialização, e há tempos a Força Sindical vem alertando sobre a política econômica equivocada que o governo vem praticando e os malefícios que tais erros trazem para o setor produtivo, principalmente ao setor industrial. E este baixo desempenho industrial não é de hoje, vem de longe, e é puramente estrutural.
Enquanto há 20 anos a indústria de transformação – onde estão os melhores empregos e os maiores salários – representava 25% do PIB, hoje não chega a 15%.
Mas, infelizmente, nossos avisos perderam-se no vazio, e as consequências seguem atentando contra nossas indústrias, e, consequentemente, contra os empregos de milhares e milhares de brasileiros.
A indústria vem apresentando um desempenho insignifi cante, as importações brasileiras vêm sendo maiores do que as exportações, e a produção vem recuando, originando o colapso de empresas e a demissão de trabalhadores.
Em resumo: blindar o País à competição dos produtos estrangeiros, manter os juros altos e aumentar tarifas, entre outros pontos de discussão, não ajudam em nada a impulsionar a economia brasileira. Para que tenhamos uma economia forte faz-se necessária a implantação de políticas voltadas a esse objetivo, planejamento, investimentos e incentivos que visem a melhoria industrial e a competitividade dos nossos produtos, além de controlar a rotatividade da mão de obra. Se o quadro não for revertido, a desindustrialização vai continuar sua caminhada.
E a passos largos!