Nota do Sindicato sobre o veto à correção da tabela do IR

Neste início de segundo mandato, a presidente Dilma deixou claro que só os trabalhadores podem salvar a economia: ela vetou a correção de 6,5% da tabela do Imposto de Renda, baixando o reajuste pra 4,5%, aumentando o peso do imposto sobre os salários e reduzindo seu poder de compra; baixou duas medidas provisórias cortando direitos trabalhistas e benefícios, com objetivo de economizar R$ 18 bilhões por ano; aumentou o IOF do crediário, recurso basicamente utilizado pela população de mais baixa renda, para coibir o consumo; aumentou o preço dos combustíveis, que vai refletir no custo dos transportes e mercadorias. Nesta quarta-feira, seremos contemplados com novo aumento na taxa dos juros básicos da economia.

É a política Robin Hood ao contrário, ou seja, a promoção do aumento da desigualdade para encher o saco sem fundo do governo, que se mostra incompetente para administrar as suas contas, para controlar seus gastos e, agora que está no vermelho, quer fazer caixa tirando justamente de quem produz, ganha salário base e  depende de benefícios de valores irrisórios para sobreviver.
Os trabalhadores estão pagando por todas as contrapartidas que o governo federal não exigiu dos que receberam vultosos subsídios nos últimos anos e das grandes fortunas que não pagam impostos e continuam acumulando riqueza.

Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Força Sindical e CNTM