Hoje (3) e amanhã o Copom estará mais uma vez reunido para decidir como ficará a taxa de juros básicos até o próximo encontro, que acontecerá nos dias 28 e 29 de abril.
E, como já vem acontecendo há algum tempo, as expectativas da classe trabalhadora, e do próprio mercado financeiro, a despeito do enfraquecimento da economia nacional, não são nada animadoras: caso não suba, ultrapassando os atuais – e já bastante altos, 12,25% ao ano, ela, na melhor das hipóteses, poderá ser mantida no mesmo patamar, o que já vem estrangulando a economia.
Segundo os especialistas econômicos, a expectativa de alta na taxa de juros acontece em função das previsões para a inflação, que apontam um aceleramento do IPCA para 7,47% em 2015 (nona semana consecutiva de alta na projeção para este ano).
E enquanto isto vamos convivendo com a falta de investimentos em nosso parque industrial e com demissões em setores econômicos como na indústria automobilística e sua cadeia produtiva, na construção civil e pesada, na alimentação e no setor sucroenergético, com caminhões fechando estradas pelo País em função da alta no combustível, com professores em greve, com a retirada de direitos trabalhistas, previdenciários e toda sorte de demandas que exigem uma postura mais efetiva do governo.
As coisas têm de mudar, e só a união dos trabalhadores pode reverter este quadro.
Miguel Torres
presidente do Sindicato, Força Sindical e CNTM