No dia 7 de outubro, data do Dia Mundial do Trabalho Decente, a Força Sindical e as demais centrais sindicais farão uma manifestação seguida de passeata no centro de São Paulo. O evento é promovido pela Confederação Sindical de Trabalhadoras e Trabalhadores das Américas (CSA) e a Confederação Sindical Mundial (CSI).
“Entendemos que esta é uma luta fundamental e que envolve o conjunto da classe, não somente como uma questão legítima e necessária de solidariedade com os casos mais extremos. No entanto, o trabalho escravo ou em condições análogas continuam sendo uma realidade presente e até quantitativamente importantes no campo e nas cidades dos países de nossa América, inclusive em países da União Europeia onde são explorados milhares de imigrantes, muitas vezes em total ilegalidade e com total impunidade. De outro lado, a dimensão gigantesca da chamada “economia informal”, que em alguns países supera até os 50% do PIB, deixa diretamente sem contratos, sem direitos trabalhistas, sem seguridade social, saúde… sem direitos humanos, a milhões de trabalhadoras e trabalhadores”, diz Victor Báez Mosqueira, secretário-geral da CSA.
“Entendemos”, afirma Báez, “ também que não se limita ao âmbito dos conflitos exclusivamente laborais (se é que estes conflitos exclusivos existam realmente), porque sem trabalho ou com trabalho sem condições mínimas suficientes de garantias técnicas, horárias, salariais, de saúde ou formação, de trabalho decente, em definitivo, não se pode viver com dignidade nem no próprio trabalho nem em geral. Esta luta, portanto, é também responsabilidade do conjunto de cidadãos e cidadãs, de organizações e movimentos sociais comprometidos na busca de uma sociedade justa e solidária”.
CSI/CSA listaram três prioridades para a manifestação deste ano:
1. O crescimento com geração de postos de trabalho decentes, em vez de medidas de austeridade, são essenciais para superar a crise e por fim à pobreza.
2. Serviços públicos de qualidade são fundamentais para levar uma vida decente e não devem ser reduzidos em função de “ajustes fiscais”.
3. O setor financeiro deve pagar pelo dano que tem causado e colocar-se a serviço da economia real e responder às necessidades humanas reais.
No ano passado foram realizadas 472 ações em 111 países. Para a mobilização deste ano, estamos convocando a todas as centrais filiadas à CSA, ao conjunto de organizações sindicais e sociais do Continente para tomar em suas próprias mãos o processo de construção desta jornada mundial, que deve chegar até os bairros e locais de trabalho, até a comemoração unificada no 7 de outubro de uma grande mobilização nas Américas e no mundo.
Manifestação
Quinta-feira – 7 de outubro
Passeata às 10 horas
Concentração no Teatro Municipal de São Paulo
Trajeto: Barão de Itapetininga, seguindo pela avenida Ipiranga e São Luís até a rua Martins Fontes (DRT), onde será entregue documento unitário das centrais sindicais