EUA cortam 95 mil empregos em setembro


Taxa de desemprego nos EUA permanece em 9,6% em setembro

Cynthia Decloedt, da Agência Estado

WASHINGTON – A economia dos EUA cortou 95 mil empregos em setembro, depois que trabalhadores contratados para o censo deste ano foram desligados e governos estaduais e locais também eliminaram vagas, informou o Departamento de Trabalho do país. O dado foi muito pior do que o corte de 10 mil vagas esperado pelos economistas ouvidos pela Dow Jones. O setor privado criou apenas 64 mil empregos no mês passado.

Os números do payroll de agosto e julho foram revisados para mostrar declínios maiores do que os originalmente estimados. O corte de vagas em agosto foi de 57 mil, em comparação com o cálculo anterior de eliminação de 54 mil empregos. Levando em consideração os dados revisados de julho, os EUA eliminaram 218 mil postos de trabalho no terceiro trimestre deste ano.

A maior parte dos empregos perdidos em setembro eram do setor público. O total de vagas do governo diminuiu 159 mil, com a saída de 77 mil pessoas que trabalhavam para o censo e com 76 mil vagas perdidas nos governos estaduais e locais.

O setor de construção, o mais prejudicado pelo estouro da bolha imobiliária, cortou 21 mil empregos. No setor de manufatura, que foi o maior criador de empregos no começo da recuperação econômica dos EUA, foram perdidas 6 mil vagas.

Em um sinal levemente positivo contido no payroll, os ganhos médios por hora trabalhada aumentaram US$ 0,01, para US$ 22,67. A semana de trabalho média ficou inalterada em 34,2 horas em setembro.

Desemprego

A taxa de desemprego norte-americana permaneceu em 9,6% em setembro, levemente abaixo da previsão dos economistas de alta para 9,7%. Cerca de 14,8 milhões de pessoas não conseguiram obter um emprego. A taxa de desemprego permanece acima de 9% desde maio de 2008, o período mais longo em um quarto de século.

As informações são da Dow Jones.