São Paulo, 11 de fevereiro de 2008

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Trabalho, Cidades, Pauta e Chefias de Reportagem

Hoje (11/2), dia do lançamento da Campanha Nacional pela Redução da Jornada de Trabalho sem Redução Salarial, organizado pelas centrais sindicais, cerca de 110 mil trabalhadores metalúrgicos de 31 municípios do Estado paralisaram as atividades por até duas horas, pela manhã, para discutir sobre a importância da redução da jornada em todo o País. Hoje, a jornada oficial é de 44h semanais.

As paralisações foram organizadas pelos 52 sindicatos de metalúrgicos do Estado de São Paulo filiados à Força Sindical, entre eles, o de São Paulo e Mogi das Cruzes.

Das portas das fábricas, os dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi rumaram para a praça Ramos de Azevedo (Centro), para participar do ato de lançamento da Campanha e do abaixo-assinado, que tem por objetivo coletar 1,3 milhão de assinaturas reivindicando a redução da jornada.

As assinaturas serão coletadas em âmbito nacional junto a todas as categorias profissionais e a população até o dia 1º de Maio e, posteriormente, encaminhadas ao Congresso Nacional, para pressionar os parlamentares a aprovar emenda à Constituição reduzindo a jornada.

“A jornada menor vai possibilitar a geração de cerca de 2,8 milhões de empregos, ajudar a distribuir renda, reduzir a rotatividade de mão-de-obra, os acidentes de trabalho, os problemas de saúde relacionados ao trabalho, vai dar mais oportunidade a milhares de trabalhadores de estudar e fazer cursos, de ter mais tempo para a família. Hoje, retardamos em 1 hora o início dos turnos ao parar empresas de 31 municípios do Estado para debater este tema com a categoria”, afirma Eleno Bezerra, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.

Durante o ato de lançamento da Campanha, Eleno recomendou a todos os sindicatos filiados a todas as centrais sindicais que, além do abaixo-assinado, façam plenárias e debatam a redução da jornada com os trabalhadores. “A conscientização é fundamental. Na nossa vizinha Argentina, a jornada é de 39,5 horas. Nos países da Europa, a jornada é inferior a 40 horas semanais. O Brasil precisa seguir estes exemplos para gerar empregos, renda, mais produtividade e desenvolvimento econômico”, afirma Eleno.

MAIORES INFORMAÇÕES:

Eleno Bezerra – (11) 9601-9511/  3388-1003
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi e da CNTM

Francisco Sales Gabriel Fernandes – (19) 3656-0418/ (11) 3217-5255
Vice-presidente da Federação dos Metalúrgicos do ESP