Trabalhadores ficarão 10 dias afastados para adequar produção.
Medida já havia sido adotada na unidade de Taubaté (SP).
Cerca de 8 mil trabalhadores da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, entraram em férias coletivas nesta segunda-feira (4), segundo o sindicato dos metalúrgicos da região.
A empresa não confirmou o número de funcionários afastados temporariamente, mas afirmou ao G1 que toda a linha de produção no local ficará parada até o próximo dia 14.
Com objetivo de “adequar o volume de produção à demanda do mercado”, a medida foi tomada em acordo com representantes dos metalúrgicos.
Nos primeiros 3 meses do ano, as vendas de carros, caminhões e ônibus apresentam queda de 17,02%, de acordo com a associação de concessionários (Fenabrave).
Inaugurada em 1959, a planta na região metropolitana de São Paulo foi a primeira da Volkswagen fora da Alemanha e tem cerca de 13 mil funcionários. O local é responsável atualmente pela produção dos modelos Gol e Saveiro.
Greve
Em janeiro, a fabricante anunciou um corte de 800 funcionários na unidade, mas voltou atrás depois de greve de 11 dias. Os trabalhadores conseguiram um acordo de estabilidade no emprego até 2019. Na época, a Volkswagen havia atribuído as demissões às condições econômicas.
Taubaté
No início de abril, a Volkswagen deu férias coletivas de 20 dias a 4,2 mil funcionários da fábrica de Taubaté, também em São Paulo. Antes disso, o 3º turno foi suspenso na unidade e os 1,7 mil trabalhadores remanejados para os outros turnos.
Outras fabricantes
A Mercedes-Benz também promove ajustes na produção de sua unidade em São Bernardo do Campo. Inicialmente, a empresa anunciou um corte de 500 funcionários, mas recuou e abriu um novo Plano de Demissão Voluntária (PDV), além de ampliar a suspensão de contratos. A Ford e a General Motors (GM) abriram PDV em suas unidades no ABC paulista.