Tauna Martins
Matéria publicada em 30 de outubro de 2010
Metalúrgicos de Santo André e Mauá decretaram estado de greve até sexta-feira (5), em assembleia realizada ontem, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de ambas cidades. A categoria não recebeu, por parte da classe patronal, contraproposta aos itens pautados na campanha salarial deste ano.
O presidente da entidade sindical, Cícero Firmino, o Martinha, explica que, as negociações foram suspensas, já que os empresários não apresentaram índices de reajustes plausíveis.
“Demos à bancada patronal um prazo para encaminhar a proposta tanto para os itens salariais como sociais. Se até sexta-feira nada for proposto, vamos realizar nova assembleia, no mesmo dia, para decidir por greve”, conta Martinha.
Segundo ele, as negociações com os empresários sempre são desgastantes e demoradas. “As empresas insistem em alegar dificuldades financeiras, quando sabemos que o País vive um bom momento econômico, assim como elas (metalúrgicas).
REIVINDICAÇÕES – Com data-base no dia 1º, a categoria formada por 24 mil trabalhadores e dividida entre 500 fábricas, reivindica neste ano reajuste salarial (reposição integral da inflação mais aumento real) não divulgado por questões estratégicas, piso salarial de R$ 2.050 para todos os funcionários proposto pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) – que atualmente chega a R$ 770 em empresas menores -, além da redução de jornada, de 44 para 40 horas – com a manutenção dos salários.
Em 2009, os trabalhadores conquistaram reajuste salarial de 6,53% (com reposição da inflação e 3% de aumento real).
Até o momento, foram seis dias de negociações com representantes dos cinco setores que fazem parte da metalurgia das duas cidades.
A previsão inicial do sindicato regional era de que, até ontem (29), as negociações fossem fechadas.