Dados divulgados nesta 5ª feira, 21, pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), nos dão conta de que a economia brasileira teve uma retração de 0,81% no primeiro trimestre deste ano, acima, portanto, da já pessimista projeção de analistas, que apostavam numa retração média de 0,7% para o período.
Para os leigos, o percentual pode até parecer pequeno. Afinal, é menos de 1%… e em três meses. Mas não é: o encolhimento econômico de 0,81% representa R$ 27,5 bilhões no ano, equivalentes a 0,5% do PIB.
E quais os motivos para esse recuo? Fácil responder: juros em patamares proibitivos, inflação em alta, produção reduzida, famílias com renda mais apertada e, portanto, consumindo menos, níveis de alarmantes de desemprego e desindustrialização, entre tantos outros. Ou seja: a culpa é do próprio governo e de sua política econômica equivocada e contraditória, dependente e a serviço dos interesses de banqueiros e especuladores, enquanto a classe trabalhadora é lançada à própria sorte.
Para que o País retome o seu desenvolvimento econômico é necessária a implantação de políticas específicas direcionadas a esse objetivo, investimentos e incentivos à indústria nacional, fomentar o emprego, a produção e o consumo, controlar efetivamente a rotatividade de mão de obra e baixar os juros.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes