Propagandistas do Rio de Janeiro denunciam a OIT demissões imotivadas

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A pedido do presidente da Força RJ, Francisco Dal Prá, o presidente nacional da Força Sindical, Miguel Torres, esteve na sede da Força Rio esta semana para reunião com representantes dos propagandistas de produtos farmacêuticos do estado, que denunciaram práticas anti sindicais por parte de empresas nacionais e internacionais. Num esforço entre sindicatos e cooperativas de todo o país, foi produzido um dossiê que comprova perseguições e cerceamento da liberdade sindical, como demissões, sem justificativas, de dirigentes sindicais recém eleitos em fundação de entidades representativas dos trabalhadores, entre outras irregularidades.

O documento de 18 páginas, que envolve 49 laboratórios, foi entregue a Miguel Torres pelo secretário para a Região Serrana da Força RJ, Alexandre Fábio (propagandistas Petrópolis). Foram reunidos cerca de 174 processos de demissões nos últimos 12 anos.

Participaram do encontro, além de Dal Prá e Miguel Torres, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico (CNTQ), Antônio Silvan Oliveira, o presidente da Federação do Rio (Ferquimfar), Isaac Wallace, o vice-presidente da Força RJ, Marco Antônio Vasconcellos, o Marquinho da Força, o secretário geral da Força Rio, David de Souza, o secretário de Imprensa e Comunicação, Marcelo Peres, o secretário geral do Sindicato dos Propagandistas de Teresópolis, Luiz Cláudio Pereira, o presidente do Sindicato dos Propagandistas do Sul Fluminense, Admilson Lourenço, entre outros.

Foi uma denúncia feita pelo Sindiproventer (Teresópolis) que desencadeou todo o processo. “Lembro que isso é apenas uma amostragem. Sabemos que os números podem dobrar ou até mesmo triplicar”, afirmou Alexandre Fábio. E foi além: “Nossa petição está sendo protocolada na OIT em Genebra (Suíça) para averiguação dos abusos e desrespeito ao sindicalismo. Estamos vivendo um momento de crise no Brasil e, conjuntamente, a indústria farmacêutica vêm indiscriminadamente demitindo líderes sindicais em todo o território nacional. As demissões ocorrem com sindicatos legalizados em todas as esferas, sindicatos novos, cooperativas de trabalhadores e, principalmente, ferindo os direitos dos trabalhadores se organizarem e serem representados, como prevê a CLT, a Constituição Federal e a própria OIT, que em seus preceitos é contra demissões imotivadas”, explicou o presidente do Sindiproserra.

Alexandre Fábio salientou, ainda, que as lideranças sindicais sabem que a indústria farmacêutica vêm jogando com o Poder Judiciário. “Eles demitem o diretor detentor de estabilidade provisória e deixam a Justiça decidir. Isso além de ser prejudicial ao trabalhador eleito por sua categoria, enfraquece a liderança sindical e, principalmente, a categoria como um todo”, completou.

Miguel Torres acolheu as denúncias e ressaltou que a Força Sindical está entrando com todos os recursos necessários para que isso não mais aconteça. “Com certeza, o dossiê será apresentado às autoridades competentes”, finalizou.