“A Pesquisa Mensal de Emprego (PME), elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dá conta de que a massa salarial – soma de todos os salários e cotizações sociais pagos aos trabalhadores durante determinado período em uma empresa, setor de atividade ou economia, não considerando-se o 13º salário – diminuiu 10% entre novembro de 2014 e maio deste ano.
Tudo isto porque a associação entre o aumento das demissões, inflação alta e queda nos salários ocasionou uma forte retração na renda disponível para o consumo. A relação com o PIB é claramente evidenciada pois, se existe um aumento da massa salarial, ele é justificado em um aumento da produção e do consumo por parte dos trabalhadores, que devolvem parte dos seus salários para a economia. Já com a redução, acontece exatamente o oposto.
A Força Sindical sempre defendeu que, para que o País retome o caminho do crescimento econômico e do emprego pleno, o governo tem de priorizar a elaboração de uma política econômica efetiva, com planejamento, incentivos e investimentos no parque industrial nacional – se não as empresas não conseguirão tirar a “corda do pescoço” –, baixar a taxa de juros, conter a inflação e combater a rotatividade da mão de obra. Caso contrário a situação ficará ainda mais grave do que já está”.
Miguel Torres
presidente do Sindicato, CNTM e Força Sindical