Crise reduz aumento de salários no mundo

Segundo publicou o site Estadão.com.br, o crescimento dos salários no mundo passou de 2,8% em 2007 para 1,5% em 2008. O relatório divulgado ontem pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que a crise econômica e financeira global reduziu à metade o crescimento dos salários no mundo.

Ainda segundo o site, a pesquisa revela, no entanto, que as remunerações no Brasil continuaram crescendo de forma estável mesmo durante a crise.

A matéria diz ainda que o Relatório Global sobre Salários 2010/11 – Políticas Salariais em Tempos de Crise indica que o crescimento dos salários passou de 2,8% antes da crise, em 2007, para 1,5% em 2008 e 1,6% em 2009.

No Brasil, a taxa, de 3,2% em 2007, elevou-se para 3,4% em 2008 e retornou aos 3,2% em 2009.

“A crise foi dramática não apenas para milhares de pessoas que perderam seus trabalhos, mas ela também afetou aqueles que mantiveram seus empregos, reduzindo drasticamente seu poder de compra e bem-estar geral”, afirmou Juan Somavia, diretor-geral da OIT.

Exceção. O relatório analisou, ao todo, dados de 115 países, que englobam 94% dos quase 1,4 bilhão de trabalhadores assalariados no mundo. De acordo com a pesquisa, o Brasil foi uma exceção na América Latina, ao aumentar o salário mínimo acima da inflação durante a crise financeira.

O estudo da OIT faz uma referência ao programa Bolsa Família como uma iniciativa de sucesso no País. “Este relatório salienta a necessidade de políticas que ajudem a reduzir os riscos que os trabalhadores com baixos salários correm de cair na pobreza”, disseram os autores, que classificam como baixo salário um valor equivalente a dois terços do salário médio.

Para a OIT, um em cada cinco brasileiros está nessa situação.

Estima-se que apenas 37,5% dos trabalhadores que ganham baixos salários possam melhorar seus rendimentos, enquanto 18,3% correm o risco de ficar desempregados.

“O nosso relatório também afirma que os baixos salários e as disparidades salariais estão associados a fortes elementos discriminatórios”, acrescenta a pesquisa, a segunda publicada pela OIT desde 2008.

Fonte: com informações do Estadão.com.br