O presidente do Sindicato, da Força Sindical e da CNTM, Miguel Torres, está na China para um intercâmbio de oito dias. Ele está acompanhado do presidente da Federação dos Químicos do Estado de SP e 1º secretário da Central, Sérgio Leite; do técnico do Dieese Altair Garcia, subseção Força; e Ortélio Palacio Cuesta, assessor para assuntos internacionais da Força.
A delegação terá encontros com dirigentes sindicais e do membros do governo para saber mais sobre os acordos de cooperação assinados, em maio, entre o Brasil (presidente Dilma) e a China (primeiro-ministro, Li Keqiang) em oito áreas que envolvem investimentos de 53 bilhões de dólares.
Miguel também terá encontros de intercâmbio sindical com dirigentes da União Sindical de Jiangsu, na cidade de Nanjing, e com a Federação Nacional dos Sindicatos da China, em Pequim.
“Precisamos saber o que dizem estes acordos, quais os riscos na esfera trabalhista e, por aqui, não estamos obtendo nenhuma informação. Sabemos que a China assinou acordos similares com Angola, Equador, Argentina, para onde levou milhares de trabalhadores chineses, e os acordos deram muitos problemas”, disse Miguel Torres.
Segundo Miguel, neste momento em que o Brasil está com a economia fragilizada, isto pode representar um risco muito grande. “Os chineses não respeitam legislação trabalhista e são como gafanhotos, comem tudo”, afirmou.
O intercâmbio entre a Força Sindical e a Federação Nacional dos Sindicatos da China faz parte do protocolo de compromisso assinado entre as entidades, que integram o Brics Sindical, de fortalecimento de relações bilaterais na luta sindical e de cooperação mútua entre as organizações sindicais